Enfermagem e outros servidores administrativos da Fundação de Saúde de Dourados (Funsaud) fizeram um manifesto, pela manhã, em frente ao Hospital da Vida em protesto contra o atraso nos salários de novembro deste ano.
O presidente da Comissão de Funcionários da Funsaud, Robson Adriani Roque Dalzacker, disse há pouco em entrevista ao DouradosAgora que os serviços não foram afetados, já que os funcionários que estão em horário de trabalho cumprem o expediente, enquanto colegas fora do turno participaram do ato público.
De acordo com Robson, a categoria está sobrecarregada financeiramente devido a contratempos no pagamento dos salários, que afetam principalmente funcionários que ganham acima de R$ 3,3 mil; é o caso dos trabalhadores com nível superior em enfermagem.
“Todo mês, parte dos salários atrasam. A folha de pagamento é de R$ 1,3 milhão, para este setor, e repassaram só R$ 900 mil, referentes ao mês de novembro. Então, há muita gente sem receber”, disse Robson Adriani ao DouradosAgora
O presidente da Comissão acrescenta, ainda, que se o 13º salário não for pago, a categoria já está mobilizada para deflagrar greve por tempo indeterminado.
“Hoje não cruzamos os braços, foi apenas um protesto temporário, pela manhã, que reuniu funcionários dos três turnos, do HV. Mas a situação pode evoluir para uma greve”, adverte Robson.
Os fundos para quitação dos pagamentos aos funcionários da Funsaud vêm de convênios entre a prefeitura de Dourados, Estado e União, para o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o presidente da Comissão, a Funsaud conta com 600 funcionários, sendo 400 lotados no Hospital da Vida (HV) e 200 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Caso haja uma greve por tempo indeterminado, os serviços em saúde pública serão afetados neste fim de ano.