Fiel a Bolsonaro, Luiz Ovando é indicado como vice-líder do PSL
22 de outubro de 2019Parlamentar de MS aparece em três listas encaminhadas pela ala que apoiava a troca da liderança
Fiel ao presidente Jair Bolsonaro e ao seu filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro, o parlamentar de Mato Grosso do Sul, Luiz Ovando, foi indicado como vice-líder do PSL na Câmara dos Deputados. Após uma grande disputa de listas pela liderança do partido, ontem Eduardo foi reconhecido como o porta voz da agremiação na casa de leis indicou 13 nomes para a vice-liderança.
Além de Luiz Ovando, também foram indicados como vice-líderes os deputados Filipe Barros (PSL-PR), primeiro vice-líder; Sanderson (RS); Carla Zambelli (SP); General Girão (CE); Márcio Labre (RJ); Alê Silva (MG); Daniel Silveira (RJ); Chris Tonietto (RJ); Junio Amaral (MG); Bibo Nunes (RS); Bia Kicis (DF); Luiz Philippe de Orleans e Bragança (RJ).
O nome de Luiz Ovando aparece nas três listas encaminhadas por parlamentares da ala bolsonarista que apoiavam a troca da liderança do partido do Delegado Waldir (PSL-GO) para Eduardo Bolsonaro ao contrário do também deputado de Mato Grosso do Sul, Loester Trutis que tem o nome apenas na primeira lista encaminhada na quarta-feira (16), às 21h50 (horário de Brasília) para a secretaria-geral da mesa da Câmara dos Deputados.
Ontem, conforme a imprensa nacional, o primeiro ato de Eduardo Bolsonaro como líder do partido na casa foi destituir os vice-líderes que estavam ligados ao Delegado Waldir e também ao presidente da Executiva nacional do PSL, Luciano Bivar. São eles: Dayane Pimentel (BA), Nicoletti (RR), Nereu Crispim (RS), Nelson Barbudo (MT), Júnior Bozzella (SP), Julian Lemos (PB), Joice Hasselmann (SP), Heitor Freire (CE), Felício Laterça (RJ), Coronel Tadeu (SP) e Charles Evangelista (MG). Também foi desligado da vice-liderança o deputado Daniel Silveira (RJ), responsável por gravar o então líder da legenda, deputado Delegado Waldir, em uma reunião em que falava sobre “implodir” o presidente Jair Bolsonaro.
Punição
Conforme o Estadão, o PSL abriu hoje um processo disciplinar contra Eduardo Bolsonaro e mais 18 deputados da ala ligada ao presidente do Brasil. Pouco depois de serem notificados, porém, eles conseguiram na Justiça uma liminar para evitar punições.
Segundo a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) a medida invalida a tentativa da Executiva Nacional do PSL de suspender as atividades de 19 parlamentares. Pelo processo aberto pelo PSL, o prazo para apresentarem a defesa seria de cinco dias. As punições poderiam ir de uma simples advertência até a expulsão dos parlamentares da legenda.
A decisão do conselho de ética do PSL é mais um capítulo da disputa entre os grupos ligados a Bolsonaro e ao presidente da legenda, Luciano Bivar (PE). Em jogo está o controle do partido, que se tornou uma superpotência após eleger 52 deputados no ano passado e angariar a maior fatia dos recursos públicos destinados às siglas. Apenas neste ano, o PSL deve receber R$ 110 milhões de fundo partidário.