Marçal questiona falta de estrutura no interior de MS para enfrentar o coronavírus
12 de março de 2020O deputado estadual Marçal Filho (PSDB) questiona a falta de estrutura em cidades do interior de Mato Grosso do Sul para tratar casos de coronavírus. No País já passa de 70 pessoas que contraíram a doença. “Especialistas têm anunciado que o coronavírus terá pico no Brasil daqui um mês e a preocupação está em cidades do interior que carecem com estrutura na área da saúde”, disse o parlamentar ao ocupar a tribuna na Assembleia legislativa nesta quinta-feira (12).
O Ministério da Saúde contabiliza 60 casos pelo país, segundo balanço divulgado na manhã desta quinta-feira, no entanto, esse número não leva em conta os dois primeiros casos confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco nem os 16 casos confirmados na quarta pelo Hospital Albert Einstein em São Paulo.
Em Mato Grosso do Sul há sete casos suspeitos, sendo quatro investigados em Campo Grande e um nas cidades de Dourados e Três Lagoas. Outra pessoa residente na Itália e que está em Aquidauana a trabalho também é investigada.
Os coronavírus são uma grande família de vírus que causam doenças que variam do resfriado comum a doenças mais graves, como a síndrome respiratória. Marçal Filho chama atenção para a necessidade de pensar não apenas na prevenção, mas no tratamento. Grande parte das mortes no mundo foi por despreparo do suporte. “E como ficarão as cidades do interior que carecem de UTI e de leitos para tratar esses pacientes de forma adequada?”, indagou o parlamentar. Pelo mundo, a permanência de infectados pela doença nos hospitais costuma ser prolongada.
No Brasil, o Ministério da Saúde vem anunciando diferentes medidas para intensificar a vigilância, o diagnóstico e o tratamento. Com isso, foi anunciado que postos de saúde poderão ficar abertos por mais tempo, no entanto, alerta Marçal Filho, essa não é uma realidade no interior de Mato Grosso do Sul, que não possui postos abertos por um período maior e que carece de equipes de saúde. O deputado cobra um planejamento de maior rigor caso a doença se espalhe no Estado com a chegada do inverno.