Brasil tem 25 mortes e 1.546 casos confirmados de coronavírus
22 de março de 2020São Paulo continua concentrando a maior parte das confirmações no Brasil, com 631 casos
O número de casos de coronavírus no Brasil subiu para 1.546 e o de mortes já chega a 25, informou o Ministério da Saúde neste domingo. No último balanço oficial do governo, divulgado no sábado, o total de infectados chegava a 1.128 e havia 18 óbitos contabilizados. Houve um aumento de 37% no número de casos e de 39% no número de mortos.
Os números, apesar de oficiais, não refletem a realidade dos casos no Brasil. Ha fatores como a escassez de testes que podem verificar a presença do vírus, o que torna a quantidade de contaminados subnotificada. Outro fator são os pacientes assintomáticos
O próprio ministério admite que há uma defasagem nos dados, e que 80% dos casos da covid-19 são assintomáticos. São Paulo continua liderando o número de mortes e de casos confirmados. São 22 vítimas no estado e 631 confirmações. O Rio de Janeiro vem em seguida, com 186 casos confirmados e três mortes. Agora, todos os estados do Brasil já têm casos confirmados do novo coronavírus; até ontem, Roraima não apresentava casos da covid-19. A mortalidade do novo coronavírus no país, ou seja, a quantidade de mortos sobre a quantidade de casos confirmados, está em 1,6%. Em São Paulo, essa taxa salta para 3,5%.
Hoje, o ministro Luiz Henrique Mandetta chegou a defender o adiamento das eleições municipais deste ano por conta da crise do novo coronavírus. “Eleição no meio deste ano é uma tragédia”, afirmou Mandetta em videoconferência organizada pela Frente Nacional dos Prefeitos . “Vai todo o mundo querer fazer ação política. Eu sou político, eu sou político, não se esqueçam disso.”.
Mais tarde, em entrevista coletiva, o ministro tentou amenizar a própria fala. “Hoje eu fiz um comentário junto com os prefeitos no seguinte contexto: como tem prefeitos tomando decisões pensando nas eleições, e tem oposição aos prefeitos que vão na rádio cobrar medidas mais duras porque está pensando nas eleições, tem candidato que pensa que a medida tem que ser mais branda pensando nas eleições. Tá na hora da gente pensar nas próximas gerações do que nas próximas eleições” .