Guard rail fecha acessos no Campo Belo e moradores bloqueiam BR-163
11 de julho de 2017Contra o fechamento de acessos no Campo Belo, moradores fecharam a BR-163, sentido Caarapó, no início da tarde desta segunda-feira (10).
Eles são contra a instalação de guard rail pela concessionária CCR MS Via que fechou acessos ao bairro, deixando apenas dois, sendo um com distância de cerca de um quilômetro do outro.
A fila de veículos é grande no local e a Polícia Rodoviária Federal acompanha o manifesto dos moradores.
A BR-163 é administrada pela CCR MS Via, que vem colocando guard rail ao longo da rodovia, que corta o perímetro urbano de Dourados, região sul da cidade.
Placas de alúmio foram colocados às margens da rodovia e valetas foram perfuradas ao lado do guard rail, impedindo qualquer tipo de acesso dos motoristas até a rodovia.
Vários bairros da cidade às margens da BR-163 ficaram quase isolados, a exemplo do Jardim Colibri, Jequitibás, Parque das Nações I. Comércios à beira da rodovia já amargam vendas e encontram dificuldades de receber mercadorias e clientes.
A rua Coronel Ponciano agora ficou a única via de acesso para quem segue à região do Guaicurus, Dioclécio, Harrison, bairros de grande número populacional e em expansão, com a presença de loteamentos.
Em horário de pico o congestionamento é intenso para quem tenta atravessar a BR-163. Aumentou também o perigo para moradores, já que muitos deles, ciclistas, dividem espaço com tráfego pesado de carretas, além de veículos que chegam e saem da cidade com destino ao sul do Estado.
Problemática
O vereador Marçal Filho (PSDB) pediu a empresa CCR MSVia informações do projeto executivo e as intervenções sobre a instalação de guard rail ao longo da rodovia que passa pelo perímetro urbano de Dourados.
“Queremos um posicionamento com detalhe técnico sobre essas muretas de proteção que estão bloqueando acessos da rodovia. A Câmara Municipal precisa saber como vem sendo feito o serviço, de forma que possamos discutir o projeto junto com técnicos e a sociedade”, diz o vereador.
A prefeita Délia Razuk também mantém contato com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília, no sentido de encontrar uma solução para o problema.
Como a rodovia é federal e está sob concessão de empresa privada, cabe a ANTT encontrar uma solução para o caso junto ao município.
Conforme tem divulgado a CCR, o fechamento de entradas e saídas tem sido uma espécie de racionalização, de forma a bloquear acessos irregulares considerados perigosos.