Segurança do paciente: confira avaliação dos hospitais
13 de julho de 2017O Relatório da Autoavaliação das Práticas de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde traz as informações prestadas por 782 hospitais no Brasil sobre o seu nível de adesão às práticas de segurança e adequação aos critérios do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).
O documento é um retrato de como parte dos hospitais brasileiros estão cuidando da segurança do paciente.
O relatório foi elaborado a partir da autoavaliação feita pelos próprios hospitais, de forma voluntária, e encaminhado para a Anvisa.
De todas as unidades da federação, o Distrito Federal foi o local onde os hospitais tiveram maior adesão, com 100% dos serviços participando da pesquisa.
Em seguida, vieram Santa Catarina, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Goiás, todos com mais de 60% dos hospitais participantes. O relatório considera apenas os serviços de saúde que dispõem de UTI adulto.
Hospitais: participem da Autoavaliação de 2017.
Na outra ponta, os estados em que os hospitais tiveram menor adesão à pesquisa foram São Paulo, Paraíba, Tocantins, Alagoas e Roraima, neste último nenhum serviço enviou sua autoavaliação.
O documento considera o número de estabelecimentos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde.
Hospitais com grande adequação à segurança do paciente
O relatório também traz a lista de hospitais com alto nível de adesão às práticas de segurança. Como a avaliação não é obrigatória, a lista traz apenas os hospitais que participaram da pesquisa e que demonstraram alta adesão a essas práticas.
Dos 782 serviços de saúde avaliados, 301 foram classificados como de alta adesão, ou seja, com 67% ou mais de adesão aos critérios avaliados.
Esse número, no entanto, pode ser maior, já que nove estados não encaminharam a lista dos hospitais com alto nível de adesão, dentro do prazo estipulado, por diferentes motivos.
Acesse a Lista completa dos Hospitais com leitos de UTI adulto que apresentaram alta adesão às práticas de Segurança do Paciente em 2016.
Principais resultados O número de hospitais participantes representou 40,1% dos hospitais com UTI adulto do país.
O critério de avaliação com maior nível de adesão foi a existência de Protocolo de Prática de Higiene das Mãos, com 93,6% de adesão.
O segundo critério com maior nível de adesão foi o que avalia o número de lavatórios e dispensadores de álcool gel para higiene das mãos, com 92,5% de respostas positivas.
O critério com menor adesão foi Adesão ao Protocolo de Prevenção de Queda, com apenas 34,3%.
O segundo critério com menor adesão foi a adesão ao Protocolo de Prevenção de Úlcera por Pressão, com 36,1% de adesão.
Confira a versão completa do Relatório da Autoavaliação das Práticas de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde
Quais são os critérios avaliados?
O formulário traz 11 questões objetivas (sim/não) referentes a estrutura do serviço e quatro questões sobre indicadores de processos relacionados com a segurança do paciente, totalizando os 15 critérios baseados nas Ações de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde, instituídas pela resolução RDC 36/2013.
Veja alguns exemplos de critérios avaliados
Plano de segurança do paciente (PSP) em execução
Protocolo de prevenção de quedas implantado
Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos implantado
Adesão à lista de verificação da segurança cirúrgica (LVSC)
Como é feito o relatório?
Os formulários de autoavaliação foram preenchidos pelos Núcleos de Segurança do Paciente de cada serviço de saúde e conferidos pelas Coordenações Estaduais/Distrital dos Núcleos de Segurança do Paciente (Vigilâncias Sanitárias dos estados e do DF).
O formulário de autoavaliação foi disponibilizado em maio de 2016 e ficou disponível até 31 de agosto de 2016.
Ao todo, foram recebidos 865 formulários, mas o relatório considerou apenas os 782 serviços com UTI adulto, alvos da avaliação.
Este processo de avaliação será realizado anualmente pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), seguindo o que está previsto no Plano Integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente em Serviços de Saúde – Monitoramento e Investigação de Eventos Adversos e Avaliação de Práticas de Segurança do Paciente.
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