Metade dos países não tem um plano de segurança cibernética, diz agência da ONU
14 de julho de 2017Apenas metade dos países tem uma estratégia de segurança cibernética ou está em processo de desenvolvê-lo, relatou a União Internacional de Telecomunicações (UIT), na última quarta (5).
A agência da ONU pediu que mais nações considerem políticas nacionais para proteção contra crimes cibernéticos. Só no último mês, um ataque cibernético paralisou dezenas de milhares de máquinas em todo o mundo.
Lançando o segundo Índice de Segurança Cibernética Global (GCI), a UIT afirmou que cerca de 38% dos países têm uma estratégia de segurança cibernética publicada, enquanto 12% dos governos estão em processo de desenvolver uma.
A agência ressaltou a necessidade de mais esforços nessa área crítica, já que isso transmite que os governos consideram os riscos digitais uma alta prioridade.
“A segurança cibernética é um ecossistema em que leis, organizações, habilidades, cooperação e implementação técnica precisam estar em harmonia para ter maior efetividade”, indicou o relatório, acrescentando que essa área “está se tornando cada vez mais relevante nas mentes dos responsáveis pelas decisões nos países”.
Segundo o relatório, as dez nações mais comprometidas são, nesta ordem: Cingapura, Estados Unidos, Malásia, Omã, Estônia, Maurícia, Austrália, Geórgia, França e Canadá. A Rússia ocupa o 11º lugar.
Além de mostrar o compromisso dos 193 Estados-membros da UIT com a segurança cibernética, o índice também mostra a melhoria e o fortalecimento dos cinco pilares da Agenda Global de Segurança Cibernética: jurídico, técnico, organizacional, capacitação e cooperação internacional.
O risco é particularmente preocupante quando, em 2016, de acordo com UIT, cerca de 1% dos e-mail enviados no mundo eram ataques maliciosos, a maior taxa nos últimos anos.
No mês passado, um ataque cibernético paralisou dezenas de milhares de máquinas em todo o mundo. Não está claro quem estava por trás desses ataques.
“Enquanto o impacto gerado por ciberataques, como os realizados em 27 de junho de 2017, não pode ser eliminado completamente, medidas de prevenção e redução dos riscos apresentados pelas ameaças cibernéticas devem ser sempre colocadas em primeiro lugar”, disse o secretário-geral da UIT, Houlin Zhao.
Os resultados mostram que há um “espaço para maior aperfeiçoamento e cooperação” em todos os níveis. O relatório defende ainda a necessidade de incentivar os governos a considerar políticas nacionais que levem em conta a segurança cibernética, além de encorajar os cidadãos a tomar decisões inteligentes online.
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