Pensando em 2018, André escala Giroto para atender bases eleitorais
26 de julho de 2017Sonhando em retomar o poder mesmo diante do desgaste político decorrente de denúncias de desvio de verbas públicas ao longo de seus governos, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) escalou o ex-deputado federal e seu ex-secretário de Obras, Edson Giroto (PR), para atender as bases eleitorais.
Igualmente implicado nas mesmas acusações, Giroto despacha normalmente em seu escritório político em Campo Grande, atendendo prefeitos e secretários de Obras de vários municípios na elaboração de projetos e encaminhamento de pedidos de verbas aos ministérios e órgãos federais.
A ideia, segundo secretário de Obras de um importante município que esteve no local, é capitalizar tudo isso politicamente em favor da eventual candidatura de André Puccinelli à sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Giroto é alvo da Operação Lama Asfáltica, ação conjunta da Receita Federal, Política Federal, CGU (Controladoria-Geral da União) e MPF (Ministério Público Federal), deflagrada em julho de 2015, que resultou inclusive na prisão do ex-deputado e no pedido de sua exoneração do cargo de assessor especial do Ministério dos Transportes.
À época, foram investigados contratos de empreiteiras com órgãos públicos para pavimentação de rodovias construção de vias públicas, coleta de lixo e limpeza urbana. Nessa investigação, eles analisaram contratos num total de R$ 45 milhões e encontraram um prejuízo de pelo menos R$ 11 milhões.
Particularmente, o ex-governador tem agido nos bastidores e até participado de diversas reuniões políticas na Capital e no interior, mas tem assegurado publicamente que não tem interesse em disputar o governo em 2018, deixando essa missão para outro correligionário.
O nome da senadora Simone Tebet é lembrado como opção do PMDB para postular o cargo, no entanto, ela resiste ao convite, da mesma forma que outras lideranças do partido. O senador Waldemir Moka, por exemplo, está em pré-campanha à reeleição.
O presidente do diretório regional do partido e presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júnior Mochi, também surge como alternativa, embora sua tendência seja apoiar a reeleição do governador Reinaldo Azambuja como recompensa ao apoio que teve do tucano para comandar a Mesa Diretora da Casa.
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