Estudantes de MS criam jogos de computador para aprender brincando

31 de julho de 2017 0 Por meums
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Durante as aulas de Oficina Tecnológica da Escola do Sesi de Três Lagoas (MS), a turma da 3ª série do Ensino Médio pensou em uma forma diferente de estimular os estudantes mais novos a gostar de Matemática, Português, Geografia, História e Ciências. Desafiados pelo professor Reginaldo Rossi Pipi a enxergar a tecnologia como uma ferramenta social, os alunos desenvolveram cinco games para computador, que por meio de missões emocionantes, envolvendo batalhas e castelos, reforça o aprendizado das disciplinas pelos alunos do Ensino Fundamental, na faixa etária dos 10 aos 15 anos.

“Enquanto resolvem missões, os alunos se deparam com perguntas e, caso não acertem a resposta, não conseguem avançar de fase. Conforme evoluem no jogo, o nível de dificuldade das perguntas vai aumentando”, explicou o professor Reginaldo Pipi. Desenvolvidos para a plataforma do Windows, cada jogo trata de uma disciplina específica e os alunos passaram o bimestre conversando com os professores de cada uma delas para incluir nos games perguntas sobre os conteúdos que costumam gerar mais dúvidas. “A consultoria também serviu para assegurar que todas as respostas estivessem corretas”, acrescentou o professor.

Após dois meses trabalhando no projeto, os jogos foram testados pelos alunos das turmas do 5º ano do Ensino Fundamental. “Para o aluno que tem dificuldade de aprender certas matérias e gosta de tecnologia, essa ideia é muito elaborada, achei que foi muito boa. É um jeito divertido de aprender, porque as vezes tem criança acha uma matéria muito chata e com o jogo aprende muito mais rápido”, disse o estudante Davi Pimenta depois de testar o jogo.

Agora, os cinco games já foram instalados nos computadores do Laboratório de Informática da Escola do Sesi de Três Lagoas e estão disponíveis para os alunos de todas as turmas. “Os alunos já estudam como unificar todas as missões em um só jogo, que passaria a ser multidisciplinar e poderá, quem sabe, ser permanentemente disponibilizado para todos os alunos da escola. A longo prazo, pode chegar para toda a rede de escolas do Sesi”, declarou o professor Reginaldo Pipi, que afirma ter se surpreendido com o nível do trabalho da turma da 3ª série.

Professora de Língua Portuguesa, História e Geografia das turmas do Ensino Fundamental, Tatiana Lírio analisa que novas ferramentas de aprendizado, que despertem a atenção e correspondam ao dinamismo dos alunos, eram, de fato, necessárias. “A ideia, é muito inovadora. Ficou combinado que assim que os jogos estivessem prontos traríamos os alunos e quando esse momento chegou, ficou comprovado que será um sucesso. Os alunos, professores, coordenação, estão todos de parabéns, foi um excelente trabalho”, disse.

Nathan Dezan, um dos alunos que participou do desenvolvimento dos games, afirma ter percebido esta demanda por métodos mais tecnológicos em sala de aula. “Eu, a direção escolar, o professor Pipi e mais um aluno, Lucas Menezes, redigimos o projeto porque desde o ano passado a gente percebia a necessidade de trabalhar as matérias de uma forma diferente. Nós tínhamos as ferramentas necessárias, as oficinas tecnológicas, que são um ambiente favorável, e então vimos a oportunidade de iniciar esse projeto”, contou.

Também da 3ª série, David Fagundes explica que os alunos desenvolveram o projeto de forma a torna-lo o mais atraente possível para a faixa etária dos estudantes do Ensino Fundamental. “A gente pensou em um jogo que fosse divertido para o usuário, não só aquele jogo de perguntas e respostas, que pode acabar sendo um jogo meio chato. Então são jogos mais dinâmicos, uma batalha entre monstros e, no decorrer dele, o aluno vai aprendendo”, falou.

Desenvolvidos para a plataforma do Windows, a jogabilidade é bem simples e os alunos tiveram a ideia de usar o “RPG maker”, uma ferramenta gratuita para o desenvolvimento de jogos em pixel, no formato RPG “Role-playing game”, no qual o progresso se dá de acordo com um sistema de regras predeterminado, dentro das quais as escolhas dos jogadores determinam a direção que o jogo irá tomar.

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