Douradense jogará na liga universitária dos EUA após se destacar em SP
28 de dezembro de 2022Aos 20 anos, o douradense Gustavo Ferrari Gaiofato, foi convidado para fazer parte do time de basquete universitário Mississippi State Bulldogs e já se prepara para morar nos Estados Unidos da América a partir de janeiro de 2023 e jogar a Liga Universitária.
Em entrevista ao Dourados News na manhã desta quarta-feira (28), o atleta disse estar ansioso para a nova etapa e elencou desafios pela frente como aprimorar o inglês, aprender outro estilo de jogo, se adaptar a novas regras do esporte americano e ficar longe da família.
O jovem ficou entre os melhores atletas de 2022 em Jundiaí- SP e o time pelo qual competiu se consagrou vice-campeão regional de São Paulo, neste mês.
Mas, Gustavo disse que as interações com a direção do time americano já vinham ocorrendo durante sua trajetória. Ele cita que um olheiro o acompanhou em alguns momentos de competição e disse que ele jogava bem e era comunicativo, com potencial para compor a equipe. Já nesta segunda-feira (26), o atleta recebeu o convite “oficial” e destaca estar muito feliz.
“É mais uma conquista. Um reconhecimento por tudo que já passei e não posso parar por aí”, pontuou.
Para quem vê a conquista um tanto quanto precoce do jovem, não imagina o quanto de dedicação foi preciso nestes quatro anos de prática de basquete. Desde cedo apaixonado por esportes, ele se destacou muito novo no Judô, o qual não seguiu carreira, praticou natação, mas foi aos 16 anos que despertou para o basquetebol, após acompanhar jogos olímpicos. O que no início era apenas um “hobby” foi fazendo cada vez mais parte da vida do garoto, que se encantou com a modalidade.
Ele conta que a primeira experiência em um jogo de basquete foi no Parque dos Ipês, quando achou o jogo atraente, mas notou inicialmente não ter muita facilidade.
“Eu pensei vai ser só jogar a bola pro alto, mas me enganei. Vi que tinha que ter técnica e eu caia, não tinha o domínio, mas gostei e decidi que ia aprender as jogadas”, conta.
Para se aprimorar no esporte, Gustavo buscou times das escolas Erasmo Braga e Anglo e destaca que todo o apoio dos técnicos e das equipes foram fundamentais na jornada.
“Tive muito apoio, principalmente gostaria de destacar da treinbadora Michele Mendonça dos Santos Del Pino que me incentivou muito. Só agradecer”.
Mas nem tudo teve um andamento “perfeito”, o que exigiu do atleta se aperfeiçoar ainda mais. Em 2018, o rapaz participou de uma seletiva para um time de Bauru-SP e não foi aprovado. Ele conta que os organizadores disseram que ele precisava ter mais experiência, melhor domínio com a parte motora e na época, a notícia o abalou um pouco, mas ele buscou se manter firme e contou com o apoio da família para isso.
“Fiquei um pouco para baixo, mas meu pai – Cláudio Gaiofatto- fez de tudo para me animar. Me levou conhecer novas pessoas que se destacavam na modalidade e me contou sobre o Cafú -atleta do futebol-, que também havia sido dispensado em uma seletiva, mas depois foi um dos grandes nomes do futebol brasileiro e então eu fui me reanimando”, disse.
Ao decidir que não desistiria, ele intensificou ainda mais os treinos em Dourados e buscou aulas reforço com o ex-jogador Ícaro Rocha.
“Eu treinava de segunda a sábado, sempre conciliando com os estudos”, conta.
Em 2018, o jovem começou a se destacar no basquete e participou de equipes que se destacavam, colecionando medalhas como Jogos da Juventude do Paraná 2019, Sub 19 do Paraná, Jogos da Juventude do Paraná 2018, Campeão da Copa Metópole Sub 20, vice-campeão EX3 Brasil, entre outras.
Posteriormente, o atleta se mudou para São Paulo, onde então conquistou outros títulos e mais recente em dezembro pelo time de Jundiaí-SP.
Na rotina, pela manhã Gustavo ia para faculdade de Educação Física, a tarde para a academia e a noite para os treinos de basquete. Questionado sobre cansaço, ele diz “ser ligado” e quando está de férias sentir falta das inúmeras atividades.
Agora o jogador aponta como metas se destacar entre os melhores atletas do Brasil. Sobre a NBA (National Basketball Association) ele logo diz “é uma longa caminhada” e complementa “mas temos que pensar que não é impossível”.
Fonte: Dourados News