Entendendo a Ansiedade de Separação na Infância

Entendendo a Ansiedade de Separação na Infância

31 de janeiro de 2023 0 Por meums
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A Psicoterapeuta Cognitiva Comportamental “Luciane Sperafico” explica um pouco mais sobre o Transtorno de Ansiedade de Separação, conhecido por (TAS). A ansiedade de separação faz parte do desenvolvimento infantil e é comum em crianças pequenas.

Conforme o DSM V, classificado no CID 10 F93.0, o mesmo se caracteriza pela experimentação de Ansiedade excessiva em função do afastamento de casa ou de figuras de vinculação, entretanto, é o nome atribuído ao sentimento de uma criança quando ela nota que está afastada dos pais, ainda que seja por poucos instantes.

O transtorno de ansiedade de separação na infância envolve ansiedade persistente e intensa sobre se estar longe de casa ou separado de pessoas com as quais a criança tem apego, em geral a mãe. Algum grau de ansiedade de separação é normal e ocorre em quase todas as crianças, especialmente em crianças pequenas.

Essas são demonstrações clássicas de ansiedade de separação na volta às aulas: Crianças que têm receio e medo de ficar longe dos pais.
Sinais de alerta da Ansiedade de Separação em Crianças:

*A Associação Americana de Psicologia (APA) indica que o principal sintoma é o sofrimento profundo e inapropriado após a separação de entes queridos (normalmente os pais) ou até do lar. Por exemplo a ansiedade de separação da mãe.
*Medos excessivos e persistentes ou preocupações antes e no momento da separação;
*Preocupação persistente e excessiva acerca de perder, ou sobre possíveis perigos envolvendo figuras importantes de vinculação;
*Relutância persistente ou recusa a ir para a escola ou a qualquer outro lugar, em razão do medo da separação;
*Evitação persistente ou tentativas de escapar da situação de separação.
Nas crianças, os sintomas comportamentais também incluem:

– O choro, agarrar-se aos pais;
– Chamar pelos pais depois de terem partido.
*Temor excessivo e persistente ou relutância em ficar sozinho ou sem as figuras importantes de vinculação em casa ou sem adultos significativos em outros contextos;
*Relutância ou recusa persistente a ir dormir sem estar próximo a uma figura importante de vinculação ou a pernoitar longe de casa;
*Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação;
*Repetidas queixas de sintomas somáticos (cefaléias, dores abdominais, dificuldade em dormir, náusea ou vômitos) quando a separação de figuras importantes de vinculação ocorre ou é prevista.

O que causa a Ansiedade de Separação?
Como em qualquer outro transtorno de ansiedade, existe uma interação de fatores biológicos e ambientais. Crianças com predisposição genética para a ansiedade podem apresentar este transtorno, risco que cresce progressivamente se ela viver em um ambiente estressante, em famílias ansiosas e passar por alguma situação traumática.

É importante observar o comportamento de pais e familiares: se eles demonstram preocupação excessiva com doenças, assaltos, desastres ou mesmo acontecimentos do cotidiano na presença da criança. Esta característica não só sinaliza para a predisposição genética, como também cria a predisposição psicológica, já que a criança estrutura sua personalidade principalmente com as pessoas e ambientes em que passa mais tempo. Além disso, o costume de controlar o comportamento da criança com base em ameaças sobrenaturais e imaginárias (“bicho-papão”, “homem do bueiro”, “cuca”, “papai do céu vai te castigar”) predispõe a criança a ter reações de ansiedade frente a perigos inexistentes, demandando assim a presença integral da figura de vinculação importante para se sentir segura.

Segundo a psicoterapeuta “Luciane Sperafico” é indicado a terapia comportamental que é usada para tratar o transtorno de ansiedade de separação. Ela envolve ensinar os pais e cuidadores a manter as cenas de despedida tão curtas quanto possível e treiná-los no sentido de reagir à lamentação de maneira sensata. Psicoterapia individual e de família também são úteis.

Capacitar as crianças a retornar à escola é um objetivo imediato. Isso exige que os profissionais, os pais e os funcionários da escola trabalhem como uma equipe. Ajudar as crianças a formar um laço com um dos adultos da pré-escola ou escola pode ajudar.

Portanto, a origem do TAS (transtorno de ansiedade de separação) é complexa, estudos demonstram que ambos fatores biológicos (ex. genéticos, psicológicos, neurológicos) e ambientais (ex. relacionados com a família, experiências precoces, caraterísticas do temperamento da criança, relacionados com a escola) exercem um papel:

Genéticos: crianças com pais ansiosos têm 5 vezes mais probabilidade de apresentar um transtorno de ansiedade;
Psicológicos: processos de condicionamento ao medo;
Relacionados com a família: baixo calor emocional parental, comportamentos parentais que desencorajam a autonomia da criança; pais superprotetores, apego inseguro (acima de tudo com a mãe); discórdia parental; separação ou divórcio, doença física em um dos pais, transtorno mental em um dos pais (principalmente de pânico ou depressão), pai egocêntrico ou imaturo, instável ou com comportamentos antissociais;
O Psicoterapeuta comportamental deve selecionar a opção terapêutica mais adequada para cada caso especifico. Considerando fatores associados ao transtorno (severidade, duração, disfunção devido aos sintomas). Independentemente da técnica escolhida, é fundamental que se construa uma boa aliança terapêutica entre o profissional de saúde, a criança e a família.

*Mas afinal de contas, o que pode ser feito para melhorar essa situação?
Algumas Recomendações São Válidas Para Prevenir O Transtorno De Ansiedade De Separação:
*Desde cedo, diante dos afastamentos dos pais, estes devem sinalizar para onde irão e quando devem retornar, porém, com uma certa “margem de erro”.
*Recomenda-se que a despedida seja algo natural.
*Alguns pais, em momentos de irritação, podem ameaçar o abandono do lar diante do comportamento inadequado da criança visando a diminuição da frequência deste. Em brigas conjugais, essa fala também é comum. Diante de crianças ansiosas, então, não se recomenda este tipo de verbalização, pois ela provoca ansiedade e deixa a criança alerta quanto à possibilidade deste perigo.
*Elimine estímulos ambientais que possam remeter aos perigos sociais: evite assistir jornais diante dos filhos, supervisione o que estes estão vendo na internet e também os assuntos das rodas de amigos.
*Incentive o brincar, o contato com os colegas e o lazer.
*Trate de segurança, mas sem apavorar os filhos.  Se você tem medo e se sente inseguro quando sai de casa, tente não verbalizar suas fragilidades diante dos filhos.

Assim sendo, para evitar que esta ansiedade prejudique a adaptação da criança no ambiente ou evolua para outro transtorno de ansiedade procure um profissional de sua confiança.
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“Sobre a Profissional- LUCIANE SPERAFICO”
*Mestre em Psicologia
* Especialista Em Psicoterapia Cognitivo Comportamental
*Especialista Em Neuropsicologia
*Formação Em programas de Habilitação e Reabilitação Neuropsicológica “Luriana” (PHNL)
* Psicanalista
* Psicopedagoga
* Pedagoga
* Neuropedagoga
* Hipnoterapeuta
* Especialista Em Educação Especial com ênfase nos Transtornos de Aprendizagem
*Tutora Cogmed- Treinamento de Memória Operacional
* Screener da Síndrome de Irlen
*Analista Comportamental DISC pela SLAC
* Coaching de Carreira &Coaching Vocacional
*Facilitadora da metodologia LEGO SERIOUS PLAY e POINTS OF YOU
*Formação em Psicologia Positiva
*Formação Master de Positive Educator, Trainer & Speaker- POETS
*Formação em Terapia do Esquema
*Atualização em Mindfulness


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