Em Dourados, 8 mil tratam diabetes e mudança de hábito é o principal desafio
26 de junho de 2023O dia 26 de junho marca o Dia Nacional do Diabetes e em Dourados, 8.133 pessoas tratam a doença via SUS (Sistema Único de Saúde). O levantamento é do Pasae (Programa Ambulatorial de Serviços de Atendimento Especializado) criado em abril de 2023, para atender pessoas que se encontram com índices glicêmicos muito altos.
Conforme explica Sônia Soares da Silva, coordenadora do programa Pasae, os atendimentos são feitos após encaminhamento da UBS (Unidade Básica de Saúde). Uma equipe especializada fica responsável por fazer o plano terapêutico do paciente para que ele consiga se estabilizar e, assim retornar para a UBS (Unidade Básica de Saúde) para dar sequência ao tratamento.
Das pessoas em tratamento na maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul, mais de duas mil aplicam insulina, o que geralmente acontece quando a doença chega em um estágio mais avançado. No entanto, a coordenadora destaca que é possível também tratar a doença somente com medicamentos, o que varia “caso a caso”.
“A demora para tratar, pode gerar o aumento do uso da insulina, em algo que poderia ter sido tratado com outras medicações”, cita.
Caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia), a diabete pode estar ligada a fatores genéticos e também a um cotidiano com maus hábitos, falta de exercício físico. O consumo de açúcar em excesso é um fator que pode gerar complicações. Neste sentido, Sônia explica que a alimentação equilibrada é uma dificuldade no tratamento, principalmente para as pessoas mais jovens.
“Se pensa muito sobre o consumo de muito doce, mas a verdade é que os carboidratos também tem grande impacto. Hoje temos nutricionista no programa e a maior dificuldade que temos enfrentado é essa, pois os pacientes não conseguem compreender que o carboidrato também prejudica, o excesso de açúcar também prejudica, não conseguem fazer essa separação. A falta conhecimento ou maus hábitos vem ali ao longo do tempo e principalmente o público jovem mostra dificuldade para adotar um estilo de vida mais saudável”, cita.
Ela ressalta ainda que a indicação no que tange a alimentação tanto para prevenção como para o tratamento é aumentar a ingestão de fibras e proteínas e reduzir a de carboidratos.
“É uma conscientização que precisa ter tanto desse indivíduo que tem a diabete quanto dos familiares, pois são mudanças de hábitos precisam envolver a todos na casa. Existe essa dificuldade e tudo depende de cuidado”, diz.
A coordenadora destaca que é possível ter qualidade de vida e manter um tratamento mesmo nos casos mais graves da doença.
“Com uso da insulina e mudança de hábitos a pessoa consegue ter uma vida normal”, cita.
Como impacto pela falta de cuidado da doença a longo prazo, órgãos como o pâncreas pode começar a ficar sobrecarregado e gerar impactos na saúde. Outras complicações são problemas de visão, feridas que demoram a cicatrizar e em casos mais graves, amputação de membros.
“Precisamos compreender que é uma síndrome metabólica, ou a insulina em excesso e tudo isso vem prejudicando ao longo do tempo. Se a pessoa não cuidar, pode acarreta nesses problemas, o pé diabético pode gerar amputação, pode vim a ser um paciente renal, são várias situações”, explica.
A diabetes pode se manifestar no tipo 1, tipo 2, outros tipos mais raros ou ainda na gestação. É possível a identificação por meio de diagnóstico laboratorial.
Em caso de suspeitas da doença, as pessoas devem procurar a UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima para os devidos encaminhamentos.
Fonte: Dourados News