Com apego à fé, populares trocam dor da saudade pela celebração das memórias de quem já se foi

Com apego à fé, populares trocam dor da saudade pela celebração das memórias de quem já se foi

3 de novembro de 2023 0 Por meums
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Neste Dia dos Finados, 2 de novembro, milhares de pessoas se reuniram nos cemitérios de Dourados para prestar homenagem aos seus entes queridos que já partiram. Apesar da saudade, a data está longe de ser um dia de tristeza e muitos dos presentes aproveitaram para celebrar as memórias, relembrar os momentos felizes e manter vivas as histórias daqueles que já se foram.

A senhora Maria do Carmo ressalta essa outra forma de encarar a morte e o luto, especialmente no Dia dos Finados.

Ela conta que que foi nesta manhã ao cemitério prestar homenagens aos irmãos e aos pais, mas que faz isso frequentemente e não apenas no Dia dos Finados.

“Eu venho todo ano e acho que a gente nunca pode esquecer dos nossos entes queridos. Eles ficam vivos na nossa memória, eu venho em outras datas também, não só nos finados, para manter viva a memória daqueles que a gente ama e honrar, agradecer tudo que fizeram durante a vida”, disse.

Esse também é o caso da dona Olga Araújo de Oliveira, que foi visitar os túmulos do avô e pai, além do irmão que faleceu em decorrência da Covid-19, durante a pandemia.

“Eu vim aqui pra homenagear, lembrar da memória e rezar por eles, mas na certeza de que aqui está apenas o corpo, porque eles seguem vivos em outro lugar. Pela minha fé, acredito que estão no purgatório, onde um dia eu também espero ir, para que na hora certa, possamos nos reunir no céu”, afirma.

A fé está ligada profundamente à data e diversas pessoas acenderam velas e participaram das missas realizadas durante a manhã no local.

A religiosidade e a certeza da vida eterna é uma das formas que as pessoas encontram para transformar a dor da saudade, em memórias felizes, focadas em honrar a vida e as contribuições de seus entes queridos.

“O mistério que celebramos hoje, não é o da dor, mas o da ressurreição de Jesus, que sofreu, morreu e ressuscitou, e nosso irmãos que já partiram, ao serem batizados, participaram da Páscoa de nosso Senhor. Hoje é um dia de esperança, porque cremos que a morte e o sofrimento não darão a última palavra. Esse é um tempo que nos deparamos com a morte e questionamos o sentido da vida. Que nesta data também possamos nos questionar, o que cada um tem feito com a própria vida”, explica o Padre Fenando Lorenz.

Além das três missas celebradas ao longo do dia, membros da Igreja Batista Nova Jerusalém também estiveram durante a manhã no cemitério realizando a entrega de água para os visitantes e oferecendo oração e mensagens religiosas, como conta o pastor auxiliar, Israel Alcântara.

“A iniciativa surgiu a partir daquilo que entendemos do Evangelho, de levar Jesus às pessoas, sair do espaço físico do templo e levar a mensagem às pessoas de todo aquele que crer nele, viverá”, disse.

No cemitério municipal Santo Antônio de Pádua foram realizadas duas missas pela manhã, às 7h30 e às 10h, com a presença do bispo diocesano Dom Henrique, outra será celebrado às 16h.

Durante todo o dia cerca de 40 mil pessoas devem visitar o cemitério.

Dourados News também esteve nos cemitérios Parque Dourados e Parque Primavera, que durante a manhã teve movimentação intensa de populares, gerando inclusive congestionamento na rua Ivo Alves da Rocha, que dá acesso aos portões principais.

 

 

Fonte: Dourados News


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