Sejamos livres

Sejamos livres

28 de novembro de 2017 0 Por meums
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Por Jackeline de Lara*

As experiências, o tempo, transformam pessoas, melhor dizendo, o caráter do ser humano, seja para o bem ou para o mal. Os dias passam, e com ele muito de nós, o contexto de nossas vidas, muda.

Nossa essência é o que nos difere uns dos outros, me atrevo a afirmar que é o charme da vida. Quando tentamos ser o outro, perdemos com nosso modo de viver, também a alegria íntima que somente os autênticos desfrutam. Quando olho não apenas os que me cercam, mas principalmente para mim, vejo como é triste a vida daqueles que tentam viver um personagem, e não ser quem realmente é, com suas falhas e nobres qualidades.

Me deparo com fases em que lutava contra minhas vontades, minhas verdades, para ser alguém que eu não era, e nem poderia ser, foram os momentos mais infelizes que vivi, na busca de sempre acertar, a mentira foi minha capa, como era miserável, embora as críticas eram bem menos frequentes que atualmente.

Todos conhecemos pessoas, que tinham um modo próprio de conversar, interagir, se relacionar, de repente passou a fazer parte de um novo grupo, religião, mudou status de relacionamento, e então surge alguém quase que irreconhecível, já não sorri com vontade, o tom de voz como de criança, substitui os nomes das pessoas por apelidos amorosos, e você que antes se sentia tão à vontade, agora conta os segundos para estar longe deste novo ser, que é tudo, menos alguém que você queira dividir seu tempo, até porque esse tipo de gente quer padronizar até mesmo a felicidade, a alegria, tornaram-se seres sobrenaturais, os mortais agora servem apenas para serem salvos, para serem expostos como troféus ao enxergarem a verdadeira luz. Aleluia!

Cada ser é único, com as próprias dores, alegrias, decepções, frustrações, limites, histórias, raízes culturais, experiências. O dia a dia tem me mostrado, quão ignorantes somos, quando pensamos saber algo, e sobre algo. Você só conhece um caminho quando passa por ele, e sobre esse mesmo caminho o que lhe disserem são suposições ou experiências vistas de um ângulo que nunca seria o seu, pois cada um, é cada um.

Ser verdadeiro não significa ser grosseiro, intolerante, mal-educado, muito pelo contrário, ser verdadeiro é entender também que o meu direito vai até onde não prejudica o direito do outro, deixar claro o que gosta ou não, mas estar aberto para refletir com honestidade sobre tudo, na busca limpa de fazer justiça sempre.

Tratar um inimigo com diplomacia é sinônimo de boa educação, inteligência e não falsidade. Ser inconveniente, é a expressão clara da prepotência e da ignorância, não tem nada a ver com autenticidade.

O mundo tem sede de pessoas verdadeiras, com suas linhas de expressões na face e amor desinteressado no coração. Sejamos o que em nosso íntimo queremos ser, não saiamos da nossa comodidade para sermos elogiados por pessoas tão limitadas e vaidosas, nossa paz vale mais. Busquemos a autonomia financeira, para não ficarmos condicionados a nada e a ninguém, e nos cerquemos dos que nos digam palavras que elevam, e não te diminuam, confiemos em Deus e na capacidade intuitiva que ele dá à cada um. Não nos interessa o que ele diz ao outro, mas a nós. Sejamos livres!

* Jackeline de Lara, graduada em Pedagogia, especialista em Educação Especial e em  Educacão Infantil e Séries Iniciais, proprietária do Espaço Kids. Casada e mãe de duas lindas meninas.


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