Wenger questiona motivos para a saída de Sánchez do Arsenal: “Não posso entender”
22 de janeiro de 2018iminente saída de Alexis Sánchez do Arsenal rumo ao Manchester United pode ter sido não só pelo futebol, mas também pelo dinheiro. A afirmação é do técnico dos Gunners, Arsène Wenger. Em entrevista após a goleada contra o Crystal Palace, na Premier League, o treinador do time londrino questionou a vontade do chileno de deixar o clube.
– Eu não posso entender qualquer um querendo deixar o Arsenal. Porém, em 30 anos fazendo transferências, você aprende muito sobre os seres humanos – disse.
Depois, Wenger concluiu seu raciocínio e citou que o contrato de Sánchez com os Red Devils aos 29 anos pode ser “o último de topo” do atacante, fato que fez com que ele e o clube aceitassem a mudança.
– Como profissional, talvez seja seu último contrato em um alto nível, e um contrato importante. Depois disso, eu aceito isso porque nós aceitamos que deixaríamos ele ir. Nós analisamos os prós e contras.
De acordo com a imprensa inglesa, Sánchez vai receber cerca de 600 mil libras semanais (R$2,6 milhões), sendo 350 mil libras (R$ 1,5 milhão) de salário fixo, 100 mil libras (R$ 445 mil) em direitos de imagem e 140 mil libras (R$ 620 mil) em bônus.
Na coletiva, Wenger deu a entender que tentou ao máximo negociar uma renovação de contrato com o jogador, que tem vínculo com os Gunners até junho deste ano. Porém, as altas quantias salariais e os valores de transferências são considerados tão altos pelo treinador francês que fizeram até o Manchester City desistir do negócio.
– Nós fizemos o que tentamos fazer e fomos o mais longe que pudemos. Até o Manchester City saiu do negócio no fim. Isso diz que nós não tínhamos a menor chance de lhe dar um contrato.
Apesar disso, o francês valorizou o fato de que, mesmo com todas as dificuldades pelo Arsenal no negócio, a equipe ainda conseguiu envolver o meia Mkhitaryan e evitou sair de mãos abanando na transferência, que deve ser concretizada nos próximos dias.
– Nós tentamos achar a melhor solução possível, e a melhor solução possível é a de que nós perdemos um jogador de classe mundial – eu não nego isso de todo – mas nós não perdemos ele sem receber alguém em troca. O futuro dirá se foi a decisão certa ou não – concluiu.