Trump desembarca em Israel e ressalta ‘rara oportunidade’ de levar paz à região
22 de maio de 2017Presidente afirmou que caminho só é possível se todos trabalharem juntos e reafirmou o ‘vínculo inquebrável’ entre americanos e israelenses
TEL AVIV, ISRAEL – O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou nesta segunda-feira, 22, ao desembarcar em Israel, a convicção de que existe uma “rara oportunidade” de levar a paz à região.
“Temos diante de nós uma rara oportunidade de trazer segurança, estabilidade e paz a esta região”, declarou no Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, reafirmando ainda o “vínculo inquebrável” entre EUA e Israel.
“Mas só poderemos chegar lá trabalhando juntos. Não há outro caminho”, disse. “Eu vim a esta terra sagrada e antiga para reafirmar o vínculo inquebrável entre EUA e o Estado de Israel”, afirmou o mandatário.
Pouco antes, o chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, afirmou que existe uma “oportunidade de fazer progredir as conversações de paz” entre israelenses e palestinos. O presidente “tem a sensação de que há uma oportunidade”, declarou o secretário de Estado americano a bordo do avião presidencial Air Force One pouco antes do pouso.
“O presidente destacou que está disposto a se envolver pessoalmente”, completou. O otimismo da administração Trump a respeito do processo de paz se deve ao “ambiente, às circunstâncias em toda a região. Isso é o que o presidente tenta ressaltar nesta viagem”, afirmou Tillerson.
“Os países árabes, Israel, EUA, todos enfrentamos a mesma ameaça: o avanço do grupo Estado Islâmico, das organizações terroristas”, destacou. “Penso que isto cria uma dinâmica diferente.”
Questionado sobre as informações sigilosas que Trump teria repassado a autoridades russas sem o aval de Israel, Tillerson minimizou a importância do assunto. “Não acredito que existam razões para pedir desculpas. Se os israelenses têm perguntas ou pedidos de esclarecimento, nós responderemos”, concluiu.
Esta é a segunda etapa da primeira viagem de Trump ao exterior como chefe de Estado. Ele deve visitar durante a tarde o Muro dos Lamentações, local de oração sagrado para os judeus, antes de uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.
O Estado de S.Paulo/ AFP