Câmara do Rio rejeita novo pedido de impeachment de Crivella

Câmara do Rio rejeita novo pedido de impeachment de Crivella

20 de setembro de 2018 0 Por meums
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A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro rejeitou, nesta quinta-feira (20), um novo pedido de abertura de processo de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (PRB).

A solicitação foi rejeitada por 28 votos a 14, houve duas abstenções e o presidente da Casa, vereador Jorge Felippe (MDB), é impedido de votar pelo regimento interno.

O quórum na Câmara dos Vereadores carioca contou com 45 presentes e seis ausentes. Dos faltosos, dois estão licenciados. São eles Carlos Bolsonaro (PSC) e William Coelho (MDB). As duas abstenções foram dos parlamentares Cesar Maia (DEM) e Leonel Brizola (PSOL).

O mais recente pedido foi entregue na terça-feira (18) e protocolado na Casa no dia seguinte. Vereadores da oposição acreditam que o fato de prefeito ter se tornado réu justifica o pedido de impedimento de Crivella.

A Justiça do RJ aceitou representação contra o prefeito no caso da reunião onde ele ofereceu facilidades a pastores. Há menos de uma semana, Crivella se envolveu em nova polêmica ao ter se encontrado com funcionários da Comlurb e pedido votos para candidatos do PRB – um deles é o próprio filho do prefeito, Marceo Hodge.

Derrotados, vereadores da oposição ao prefeito no Palácio Pedro Ernesto lamentaram que a Casa nem se disponha a discutir as supostas irregularidades apuradas pela Justiça. O vereador do PSOL Paulo Pinheiro esclareceu que, caso a Câmara aceitasse a abertura do processo, o que se faria era apurar a possibilidade de impedimento de Crivella.

“Não estamos votando o impeachment do prefeito, nem isso [votar a abertura do processo] eles querem. Acharam que isso era uma discussão menor”, afirmou Pinheiro.

Logo após a rejeição da proposta, parte dos vereadores da base governista deixou imediatamente o plenário. O vereador Dr. João Ricardo (MDB) – que saiu da Secretaria de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos para votar contrário à abertura de processo de impeachment – justificou o posicionamento dizendo que o fato da denúncia não é motivo para afastar o prefeito.

“Eu acho que isso tem que ser investigado pela Justiça Eleitoral: o uso da máquina pública durante a campanha, o pedido de votos, o sufrágio irregular. E eu acho que a Justiça Eleitoral, que é rígida, já está ciente do que aconteceu e vai investigar”, disse o emedebista.

Numa rede social, foi publicado o posicionamento do prefeito em relação à rejeição da denúncia. Crivella considerou que “a democracia saiu fortalecida” e disse que “os vereadores agiram com responsabilidade e derrotaram mais uma fake news”.

“De nossa parte, vamos continuar trabalhando em benefício de toda a população do Rio de Janeiro, missão para a qual fomos eleitos”, declarou o prefeito.

Em sessão extraordinária realizada no dia 12 de julho, a Câmara de Vereadores já tinha rejeitado levar adiante outros dois pedidos de impeachment contra o prefeito. Na votação, os parlamentares que apoiam a permanência do prefeito no cargo conseguiram a maioria simples dos votos, com 29 votos contra 16. Quarenta e cinco vereadores participaram da sessão.

Placar da votação de pedido de impeachment para Crivella — Foto: Ricardo Abreu/GloboNews

Placar da votação de pedido de impeachment para Crivella — Foto: Ricardo Abreu/GloboNews


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