Com armas e celulares, supostos membros de facção são presos pela polícia paraguaia na fronteira com MS
1 de junho de 2017Prisão de dois suspeitos ocorreu na manhã desta quinta-feira (1º) por força-tarefa da polícia paraguaia em Pedro Juan Caballero.
Dois brasileiros, um de 34 anos, nascido em Fátima do Sul (MS), e outro de 27, nascido em São Paulo, que são supostos membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foram presos por volta das 6h, desta quinta-feira, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul.
As prisões foram feitas em duas casas por uma força-tarefa da polícia paraguaia, que incluiu agentes da Unidade Especial de Inteligência Antinarcóticos e Atos Ilícitos Relacionados e da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), em cumprimento a mandado expedido pelo juiz de Garantias Penais de Assunção, capital do Paraguai.
No momento das prisões, cada um dos suspeitos estava com uma mulher. Nas casas, os policiais paraguaios apreenderam uma pequena quantidade de droga, 16,3 gramas de cocaína, 16 telefones celulares, uma caminhonete, duas pistolas austríacas Glock, e grande quantidade de munição: 66 projéteis calibre 9 milímetros, 20 de 5,56 milímetros, 18 para espingarda winchester 357 e 8 de 811 milímetros, além de quatro caixas vazias de pistolas, uma mochila tática, um cinturão tático e três coldres.
O promotor de Justiça que acompanhou as prisões pediu o auxílio da Polícia Civil do Brasil para identificar os dois suspeitos.
Pulp Fiction
Na segunda-feira (29), em outra operação da polícia paraguaia contra o PCC, foram apreendidos 513 quilos de cocaína em uma pista de voo clandestina em Bella Vista do Norte. A tripulação da aeronave que seria responsável pelo transporte da droga foi encontrada no aeroporto de Pedro Juan Caballero.
Essa ação, executada por policiais da Senad, teve como principal objetivo desmantelar o centro de operações aéreas do PCC no Paraguai, considerada a maior estrutura de tráfico aéreo do país.
Segundo apurado pela Polícia Nacional do Paraguai, a estrutura da facção criminosa era capaz de operar média de 20 voos mensais com remessas de droga desde a Bolívia até Brasil e Europa, totalizando cerca de 5 toneladas de cocaína por mês.
A operação foi batizada de Pulp Fiction, em referência ao filme de mesmo nome, e teve apoio das Forças Armadas, Departamento Antidrogas dos Estados Unidos, Polícia Federal e Ministério Público e seus órgãos de inteligência.
G1 MS