“Efeito Vale” derruba em 53% exportação de minério de MS
12 de março de 2019Montante comercializado de ferro caiu de US$ 26 milhões para US$ 12 milhões
Cenário internacional de preços e o chamado “efeito Vale” derrubaram em 53,7% as exportações de minério de ferro em Mato Grosso do Sul no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Secretaria Especial da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Ministério da Economia. O montante comercializado do produto, que tem Corumbá como principal município exportador, recuou de US$ 26,064 milhões para US$ 12,071 milhões. Em relação ao volume enviado para o exterior, a queda ficou praticamente no mesmo patamar (-53,4%), passando de 674,5 mil toneladas para 313,9 mil toneladas.
O mesmo levantamento aponta ainda que a crise enfrentada pela principal empresa mineradora do País após a tragédia de Brumadinho (MG) ainda respingou sobre as vendas externas do minério de manganês, também com 100% das exportações concentradas em Corumbá. A receita em exportações do produto teve queda de 47% no acumulado de janeiro e fevereiro de 2019, quando comparado com o primeiro bimestre de 2018, caindo de US$ 19,794 milhões para US$ 10, 533 milhões. O volume comercializado também baixou expressivamente, de 122,9 mil toneladas para 61,3 mil toneladas.
Apesar de ocupar o terceiro lugar entre os municípios sul-mato-grossenses no resultado das exportações neste ano, com US$ 28,353 milhões movimentados (ou 7,7% de participação no total exportado por Mato Grosso do Sul), Corumbá apresentou redução de 44% em sua receita total de vendas externas no período em comparação com 2018. Entre janeiro e fevereiro do ano passado, o município pantaneiro contabilizou US$ 50,576 milhões em exportações. Conforme os números da Secretaria Especial da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, 42,5% da receita de exportações corumbaenses provém do minério de ferro e 37,1% do manganês.