Sem votos para arquivamento, Câmara mantém comissões que podem cassar vereadores
13 de março de 2019A Câmara de Vereadores de Dourados vai manter os processos que pedem a cassação de dois, dos quatro parlamentares envolvidos em esquema de corrupção no município. Na noite desta terça-feira (12/3) os pareceres desses relatórios foram a plenário e os pedidos de arquivamento feito pelas comissões processantes acabaram negados.
Com isso, mantém-se os trabalhos para votação pelas perdas dos cargos de Idenor Machado (PSDB), preso no dia 5 de dezembro dentro da Operação Cifra Negra e Denize Portollan (PR), envolvida na Operação Pregão, desencadeada no dia 31 de outubro e atrás das grades desde essa data.
Ambas ações citadas apuram esquemas de corrupção envolvendo fraudes em processos de licitação na Câmara e na prefeitura de Dourados, respectivamente.
Os vereadores agora correm contra o tempo até a decisão pela cassação ou não dos envolvidos.
O prazo de 90 dias para a definição começou a contar no dia 13 de fevereiro, quando as comissões foram publicadas no Diário Oficial do Município. As definições delas ocorreram no dia 4 de fevereiro, na primeira sessão do ano.
Idenor Machado
Relator da processante que analisa o caso de Idenor Machado (PSDB), Junior Rodrigues (PR) leu o parecer dado pela comissão a qual faz parte, presidida por Jânio Miguel (PR).
No entender do grupo, a denúncia feita pelo farmacêutico bioquímico, Racib Panage Harb, é inapto, por ter sido realizada baseando-se em matérias da imprensa.
No caso de Idenor, ficaram impedidos de votar os vereadores Toninho Cruz e Marinisa Mizoguchi, ambos do PSB, partes interessadas de suplência.
Todos os 17 aptos a votar foram contra o arquivamento, incluindo a comissão que deu o parecer pelo mesmo.
Denize Portolan
Já em relação a Denize, o presidente da comissão, vereador Romualdo Ramin, que antes havia pedido o arquivamento da denúncia, voltou atrás durante a sessão desta terça-feira e se posicionou pela continuidade das investigações.
Nesta decisão, Lia Nogueira (PR), suplente, acabou impedida de se posicionar.
Todos os parlamentares, nesse caso 18, foram contrários em barrar as investigações.
Outras comissões
As outras duas comissões processantes que analisam os pedidos de cassação contra os vereadores Cirilo Ramão (MDB) e Pedro Pepa (DEM), presos no dia 5 de dezembro dentro da Operação Cifra Negra ainda não entregaram os seus pareceres e devem fazer isso até a próxima semana.