Falta de estrutura em unidade penal coloca funcionários e presos em risco
16 de março de 2019Agepen diz que projeto de renovação do sistema já foi realizado
O Instituto Penal de Campo Grande (IPCG) enfrenta problemas. O presídio de segurança média, destinado a presos condenados do sexo masculino e que cumprem pena em regime fechado, tem apenas uma câmera funcionando, parte elétrica danificada e um gerador quebrado. A situação assusta funcionários, que temem pela própria segurança diante da falta de estrutura para monitorar os detentos.
“Sempre ficamos à mercê de apagões. Se cai a energia, ninguém enxerga nada e é aí que pode acontecer de tudo, fica mais fácil para acontecer uma tragédia”, considera um servidor que pediu para não ser identificado.
A Agepen não nega a situação e diz que já foi realizado projeto de renovação do sistema de câmeras para cobrir todo o presídio, com recursos do Fundo Penitenciário Estadual (Funpes). Ainda conforme a agência, também está em fase de projeto para financiamento pelo Fundo a compra de um novo gerador e de eficiência energética. “Faltam somente trâmites burocráticos, mas a unidade conta com refletores movidos a bateria e também possui uma torre interna de vigilância”, explicou a assessoria de imprensa.
O Correio do Estado questionou como está o monitoramento de outros presídios do Estado, e a Agepen informou que todas as unidades prisionais contam com câmeras, porém, detalhes como a quantidade que há em cada uma delas não são divulgados por questões de segurança.
Atualmente, Mato Grosso do Sul tem 18.027 detentos, quase três vezes mais do que a capacidade dos presídios, que é para 9.068 presos. O Estado é o primeiro do Brasil no ranking dos que apresentam a maior taxa de encarceramento.