Gás de cozinha começa a faltar em Dourados
20 de junho de 2017O botijão de gás de cozinha de 13 quilos GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) está em falta nas revendedoras de Dourados. Conforme constatado pelo Dourados News em pesquisa nos pontos de venda, a situação ocorre há cerca de um mês e o motivo seria o fechamento de um terminal para engarrafamento do produto no interior paulista.
A falta do produto para atender a demanda dos clientes tem feito que uma revendedora localizada na Vila Almeida feche as portas duas horas mais cedo. A informação é do gerente Jonatan de Oliveira que explica que o comércio tem atendido apenas metade dos pedidos do produto.
“O produto vem de Campo Grande para mim e quando peço por exemplo 300 botijões, vem apenas 150/160 e assim fica difícil atender como de costume. Nosso horário de fechar era 22h e desde semana passada já fechamos às 20h por três vezes pois não tinha mais produto para atender”, conta.
Ele cita que a situação é a mesma em várias outras revendedoras e os proprietários estão “assombrados”, sem respostas sobre o que tem motivado o fato e que quando possível ajudam um ao outro emprestando o produto.
Em uma revendedora situada no bairro Jardim Guanabara o produto também está ‘racionado’.
Conforme o proprietário que preferiu não se identificar, anteriormente os botijões de gás de cozinha eram recarregados três vezes por semana em média em Presidente Prudente (SP), sendo que agora é uma só vez.
“A engarrafadora alega que não tem o produto mas não explica o motivo e carregar uma vez por semana tem sido ‘sorte’ ainda. Com isso tenho entregado cerca de 2 mil botijões a menos por semana, é prejuízo alto já”, cita.
No ponto, o gás industrial, por exemplo, só é comercializado a clientes cadastrados.
Conforme o proprietário a situação é preocupante. “Se continuar assim por mais semanas, o consumidor terá dificuldade para encontrar o produto”, disse.
Em outra revendedora, essa localizada no Jardim Tropical de uma marca de GLP diferente da encontrada nos pontos já citados, a falta também ocorre.
“Está difícil em toda a cidade”, disse um funcionário.
O Dourados News entrou em contato com a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP para um posicionamento sobre o assunto, no entanto sem sucesso.
Na página da instituição, uma nota fala sobre o racionamento do produto. A mesma tem atingido a região sul, sudoeste, centro-oeste e nordeste do país, conforme a divulgação.
Um dos pontos colocados pela associação é o fechamento do terminal de Utinga (SP) que vem colocando em risco o abastecimento do gás de cozinha em quase todo Brasil.
Ainda conforme a nota “as companhias distribuidoras vêm se empenhando, mas há limites dentro de uma logística que depende de transporte rodoviário, que além da elevação dos custos, vem provocando atrasos que resultam na falta de gás em algumas de suas bases”.
Outros fatores referente a valores são citados. Segundo o texto “a realidade do setor se agrava com o preço do gás de cozinha. Além dos aumentos da Petrobras, do impacto deste aumento gerado pela carga tributária, agora vive com amargo aumento de seus custos”.
Dourados News