Hemocentro terá investimentos de R$ 2,3 milhões para reforma e ampliação
15 de abril de 2019O Hemocentro Regional de Dourados vai passar nos próximos meses por uma completa reforma, que vai demandar recursos estaduais e federais que somam R$ 2,3 milhões. Para tanto, o governo do Estado aguarda laudo da Caixa Econômica autorizando o início do processo licitatório para obras nos dois blocos, envolvendo pintura, restauração nas instalações elétricas, hidro-sanitárias e de água pluvial, reparos no telhado, revestimento de paredes, trocas de ferragens, vidros e instalações preventivas de incêndio.
Do total a ser investido nos blocos I e II, a maior parte (R$ 1,7 milhão) será oriunda dos cofres estaduais. O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, vai aplicar R$ 645,8 mil no bloco II, cuja verba é resultado de emendas do então deputado federal Carlos Marun (R$ 445.815,00) e do então senador Waldemir Moka (R$ 200 mil), ao Orçamento Geral da União/2017.
As despesas com a revitalização do bloco I serão custeadas integralmente com recursos estaduais, no valor de R$ 1,44 milhão, onde serão reformados 538,82 metros quadrados, com uma ampliação de 136,98 metros quadrados. Já no bloco II a reforma vai atingir 464,86 metros quadrados. O total de construção após as obras será de 1.140,66 metros quadrados.
Descentralização
“A reforma do Hemocentro Regional de Dourados está inserida na proposta de descentralização da Rede Hemosul-MS. A unidade cumpre a função de disponibilizar sangue de qualidade para aqueles que precisam. Parcela significativa das doações de sangue da Rede de nosso Estado são coletadas no Hemocentro de Dourados”, afirma o secretário Geraldo Resende. “Daí, a grande importância de que possa ofertar à população e aos servidores um local em condições adequadas de trabalho e atendimento”.
A coleta de sangue no Hemocentro Regional de Dourados corresponde a 21% de toda a coleta da Rede Hemosul-MS, que realiza 470 mil exames/ano, sendo que os testes NAT são realizados também para Mato Grosso.
Segundo Marli Terezinha Micharki Vavas, coordenadora geral, anualmente são coletadas cerca de 12 mil bolsas e produzidos 28.500 hemocomponentes na unidade de Dourados. Também são distribuídos 18 mil hemocomponentes e realizados três mil exames de provas de compatibilidade sanguíneas.
“Os exames sorológicos são centralizados no Hemosul-Hemocentro Coordenador em Campo Grande e correspondem a aproximadamente 98.000 exames realizados em um ano para as coletas de Dourados. Por isso, é fundamental o posicionamento do Hemocentro de Dourados na região onde atua. A descentralização da produção de sangue é extremamente relevante para atender ao desejo da população do interior em doar sangue, o que não seria possível se centralizado apenas em Campo Grande”, explica Marli. “A distribuição descentralizada também é fundamental para fazer com que o hemocomponente chegue o mais rápido possível e com qualidade ao paciente que precisa”, conclui.
De acordo com o secretário Geraldo Resende, a reforma da unidade em Dourados é essencial para que continue atendendo com qualidade e em uma proporção ainda mais significativa à população da região. “Localizado em um ponto estratégico do Estado, atende a toda a microrregião de Dourados, distribuindo sangue de qualidade para os municípios que a integram”, salienta. O Hemocentro Regional de Dourados está situado à Rua Waldomiro de Souza, número 295, na Vila Industrial, atendendo de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h para coleta, das 7 as 13h para entrega de documentos e exames e durante 24 horas para distribuição de sangue.
Estoque
A Rede Hemosul em Mato Grosso do Sul, responsável por toda a gestão de coleta de sangue no Estado é cem por cento pública. Sua atuação é estratégica, significando que cada unidade hemoterápica tem um estoque estratégico, uma quantidade estipulada de hemocomponentes que devem estar estocados diariamente para atender à população daquele entorno.
O estoque estratégico é definido a partir de um cálculo realizado em relação à demanda de sangue dos leitos de média e alta complexidade da região que a unidade atende. Em Dourados, a coleta de 100 bolsas de sangue diárias é suficiente para atender à demanda, o que é possível coletar durante o período de funcionamento. Uma quantidade muito maior do que a média estipulada levaria à perda de bolsas, tendo em vista que a vida útil dos hemocomponentes varia: as hemácias duram de 35 a 42 dias; as plaquetas, apenas 5 dias; e o plasma, um ano.