Barbosinha cobra criação de unidade regional da ANTT no MS
11 de agosto de 2020Mato Grosso do Sul não conta com nenhuma unidade regional da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o que acarreta em prejuízos imensuráveis para o Estado na fiscalização de concessões públicas, como no caso da BR-163.
Pensando em maior agilidade e eficácia dos serviços da Agência, o deputado Barbosinha (DEM-MS), cobrou da União e pediu apoio da bancada federal de MS para a criação de uma unidade regional em Mato Grosso do Sul, permitindo assim, que a ANTT cumpra seu papel e melhore o desempenho como instituição no Estado.
O deputado defende que o atendimento não é eficiente e nem ao menos adequado. “Ao longo dos anos as unidades regionais foram criadas sem critérios geográficos claros. No Centro-Oeste, à exceção de Brasília, não há sequer uma unidade regional. Ter uma unidade por aqui irá melhorar o desempenho da ANTT, permitirá o aprimoramento logístico acerca dos transportes terrestres, facilitará a representatividade da sociedade diante das decisões emitidas pela entidade; e a existência de equipes e servidores conhecedores da realidade local, trará mais autonomia e eficiência na adoção de medidas adequadas às nossas necessidades”, defendeu Barbosinha.
Barbosinha reforça que “caso seja implantada a Unidade Regional do Mato Grosso do Sul, será uma unidade completa, dotada de todos os campos de atuação da ANTT, uma vez que o Estado possui rodovias e ferrovias concedidas, bem como transporte internacional e interestadual de cargas e passageiros”, justificou.
Barbosinha acredita que com a prospecção da conclusão da Rota Bioceânica, o desenvolvimento turístico será potencializado, o fluxo de transporte interestadual e internacional de cargas e passageiros crescerá significativamente e haverá possibilidade de novas privatizações rodoviárias. “Será inevitável, portanto, o aumento nas demandas dos órgãos de gestão e controle, possibilitando ainda uma atuação autônoma e descentralizada de outros Estados a ANTT”, finalizou.
Ao justificar a indicação apresentada na Assembleia Legislativa o deputado descreve o cenário atual das rodovias de MS, coordenadas pela Unidade Regional do Rio Grande do Sul: “as ferrovias são coordenadas pela Unidade Regional de São Paulo; a fiscalização de cargas é praticamente inexiste, mesmo com a grande demanda, inclusive, no que diz respeito a fiscalização da tabela de frete; a fiscalização do transporte de passageiros é coordenada por São Paulo e realizada por apenas dois servidores lotados na rodoviária de Campo Grande/MS; as balanças do Estado (3 sob responsabilidade da ANTT) são ineficazes, visto passar a maior parte do tempo estão fechadas – em função da falta de técnicos o índice de operação fica abaixo de 10%; a ANTT não se faz presente nas discussões de importância para o Estado, dificilmente algum coordenador comparece nas reuniões ou audiências públicas e, mesmo quando o faz, algumas vezes não compreende os pleitos da sociedade, visto estarem distantes da realidade local, podendo formar um juízo de pertinência ou mérito desuniforme às demandas apresentadas; as demandas geradas pelas esferas políticas presentes no Estado são recebidas e/ou ouvidas por servidores aleatórios, sem atribuição de representação da Agência; nos Postos de Fiscalização de Fronteira (PFF), que deveriam estar presentes nas cidades de Mundo Novo, Ponta Porã, Corumbá e Porto Murtinho, não há sequer um servidor lotado.