Bernardinho defende diálogo no caso Tifanny: “Avaliar se ela tem vantagem”

Bernardinho defende diálogo no caso Tifanny: “Avaliar se ela tem vantagem”

8 de fevereiro de 2018 0 Por meums
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ulticampeão por clubes e pela seleção, Bernardinho deixou de lado sua bagagem no vôlei e defendeu um diálogo profundo e longe dos preconceitos sobre o caso Tifanny, a primeira trans a atuar na modalidade no Brasil.

Para o técnico do Sesc-RJ, que venceu o Bauru por 3 sets a 1 nesta quarta-feira pelo returno da Superliga, quem tem que decidir se Tifanny trans pode ou não atuar são médicos que podem analisar se a jogadora tem vantagem ou não.

– Não é questão técnica, de um técnico que tem história ou não, acho que é uma questão dos médicos. Questão de avaliar se ela tem uma vantagem ou não. Não sou a pessoa mais indicada para dizer. Eu acho que a conversa e a análise devem ser profundas, não deve ser uma análise rasa. Sem qualquer tipo de preconceito – disse.

Liberada tanto pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), quanto pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e obrigada a fazer exames periodicamente para atestar a baixa testosterona, a ponteira/oposta do Bauru divide opiniões. A ex-jogadora Ana Paula se posicionou contra a participação de Tifanny no vôlei feminino, assim como Tandara, que disse respeitar, mas não aprovar a liberação da bauruense.

– No esporte profissional você não pode se beneficiar por doping, seja natural ou artificial. Se os cientistas do assunto disseram que ela não tem vantagem, perfeito. Se há alguma vantagem, é de se repensar. Quero apenas que haja um estudo sério, uma conversa profunda e séria sobre isso, sem polarizações ou discussões sem sentido, sempre com respeito – completou Bernardinho.

No duelo entre Bauru e Sesc-RJ, a oposta fez 20 pontos e liderou sua equipe, que venceu somente uma parcial. A jogadora tem agora 211 pontos anotados em 39 sets pela Superliga, uma média de 5,41 pontos por parcial.


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