
Cesta básica tem nova alta em Dourados puxada pela batata e o café
9 de maio de 2025O valor da cesta básica em Dourados registrou aumento de 0,98% em abril de 2025, segundo levantamento do Projeto de Extensão “Índice da Cesta Básica do Município de Dourados”, realizado pelo curso de Ciências Econômicas da UFGD.
A pesquisa foi feita na última semana de abril e na primeira de maio.
Com o aumento, a cesta básica passou a custar R$ 720,03 em abril, contra R$ 713,07 registrados em março. Isso significa que o trabalhador douradense precisou destinar 47,43% do salário mínimo de R$ 1.518 apenas para garantir os itens essenciais de alimentação.
Entre os 13 itens pesquisados, seis tiveram aumento de preços. O café foi o que mais encareceu, com alta de 24,09%.
Também subiram a banana (23,13%), a batata (20,66%), o açúcar (2,62%), o pão francês (2,08%) e o feijão (1,76%). Segundo o levantamento, café, batata e pão francês já vinham registrando aumentos nos últimos dois meses.
Por outro lado, sete produtos ficaram mais baratos em abril. O tomate teve a maior queda (-18,87%), seguido pela margarina (-12,96%), óleo de soja (-5,71%), arroz (-4,22%), farinha de trigo (-3,85%), leite (-2,11%) e carne (-0,38%).
O acumulado do ano já registra alta de 10,17% na cesta básica douradense, que tem subido mês após mês desde janeiro.
Apesar da leve queda no preço da carne, considerada o principal item da cesta, o cenário segue preocupante para o consumidor.
Outro ponto de atenção é a grande diferença de preços entre os supermercados da cidade. De acordo com a pesquisa, a variação pode chegar a R$ 151,68 – ou 18,67% –, o que reforça a importância de pesquisar antes de ir às compras.
O levantamento recomenda que o consumidor acompanhe também os boletins divulgados pelo Procon, que identificam os estabelecimentos e os preços praticados.
O estudo mostra ainda que, em abril, o trabalhador douradense precisou de 104 horas e 21 minutos de trabalho apenas para garantir os itens da cesta básica, contra 103 horas e 20 minutos em março – ou seja, houve perda no poder de compra.