Comissão vota contra o próprio parecer e Idenor se salva de cassação

Comissão vota contra o próprio parecer e Idenor se salva de cassação

21 de maio de 2019 0 Por meums
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Com seis votos contrários, o vereador Idenor Machado (PSDB) foi absolvido pela Câmara de Vereadores de Dourados da denúncia de quebra de decoro parlamentar. Na sessão da noite desta segunda-feira (20/5), os seis parlamentares que votaram contra a perda de mandato de Pedro Pepa (DEM) e Cirilo Ramão (MDB), também se posicionaram para salvar o ex-presidente da Casa. 

A exemplo dos casos anteriores, Idenor ainda não pode retomar o mandato, já que continua afastado judicialmente do cargo.

Entre os que se manifestaram pelo arquivamento, o próprio relator do processo, vereador Junior Rodrigues (PR) e o presidente da comissão, Jânio Miguel (PR), foram contra a decisão dada por eles. Soma-se aos dois, Bebeto (PR), Maurício Lemes (PSB), Carlito do Gás (Patriota) e Juarez de Oliveira (MDB).

O julgamento encerrou a série das quatro processantes abertas em fevereiro, após denúncia de quebra de decoro parlamentar por parte do farmacêutico bioquímico, Racib Panage Harb, ser aceita. 

Além dos três citados acima, a ex-secretária de Educação, Denize Portollan (PR), também foi alvo de julgamento, porém, cassada por unanimidade. 

Idenor foi preso no dia 5 de dezembro dentro da Operação Cifra Negra, que investiga suposto esquema de corrupção, envolvendo fraudes em processos licitatórios na Casa de Leis. 

Junto dele, Cirilo e Pepa, o ex-vereador Dirceu Longhi (PT), ex-servidores e empresários, se tornaram alvos de mandados de prisão expedidos pela Justiça dentro da mesma ação desencadeada pelo Ministério Público Estadual. 

Desabafo 

Durante o tempo destinado para pronunciamento da defesa, Idenor usou a Tribuna da Casa para desabafar.

Contou sobre a sua trajetória na política desde quando se tornou secretário de Educação e, com o passar dos anos, assumir o comando da Câmara. 

Ao longo do discurso, o parlamentar chegou a chorar, e, próximo do encerramento da fala, desafiou as pessoas para que provassem qualquer ato ilícito cometido por ele durante o mandato. 

Idenor também tornou público o período em que passou na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) e voltou a se emocionar. “Tudo o que foi colocado nesse inquérito, será esclarecido, porque aqui, eu só trabalhei”, citou.

Ao fim, pediu para que os colegas da Casa votassem com fundamento “na análise fria do processo”, pedindo a absolvição. 

Logo depois, o advogado Felipe Azuma assumiu a Tribuna para realizar a defesa de Idenor Machado. 

Pizza 

Autor da denúncia que pedia a cassação de Idenor Machado, o farmacêutico Racib Panage Harb, levou uma pizza até a Câmara de Vereadores e a colocou na mesa localizada na entrada da Casa, distribuindo pedaços aos presentes.

A intenção era simbolizar a absolvição dos parlamentares em Plenário, após prisões dentro da Operação Cifra Negra. 

Como votaram

Votaram favoráveis à cassação do mandato de Idenor Machado, os vereadores Alan Guedes (DEM), Cido Medeiros (DEM), Elias Ishy (PT), Marcelo Mourão (PRP), Lia Nogueira (PR), Olavo Sul (Patriota), Romualdo Ramin (PDT), Daniela Hall (PSD), Madson Valente (DEM), Sérgio Nogueira (PSDB) e Silas Zanata (PPS).

Bebeto (PR), Junior Rodrigues (PR), Carlito do Gás (PR), Maurício Lemes (PSB), Jânio Miguel (PR) e Juarez de Oliveira (MDB), pediram o arquivamento.

Estavam impedidos de votar, as partes interessadas no processo, Marinisa Mizoguchi e Toninho Cruz, ambos do PSB.


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