Deputado Marçal cobra solução para superlotamento na UPA de Dourados
11 de setembro de 2019A procura de pacientes por atendimento na UPA 24 horas de Dourados cresceu na última semana com o fechamento da ala verde no Hospital da Vida. Sem condições de absorver uma grande demanda, a UPA passou a enfrentar superlotamento. Segundo o deputado Marçal Filho (PSDB), a administração municipal precisa melhorar a estrutura da unidade e dispor de mais profissionais.
O assunto foi apresentado em debate por ele durante sessão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul desta terça-feira (10). Ao ocupar a tribuna, o deputado mostrou preocupação sobre a nova determinação da Secretaria Municipal de Saúde, que o Hospital da Vida passará, pode tempo indeterminado, a atender somente casos de trauma, urgência e emergência de média à alta complexidade de forma regulada. Essa restrição seria para reorganização do fluxo no hospital que passa por obras de reforma e ampliação.
Porém, com a suspensão de atendimento na área verde, os casos de baixa à média complexidade passaram a ser transferidos para a UPA, unidade que há muito tempo enfrenta superlotamento e não tem condições de receber fluxo ainda maior de pacientes. Se não bastasse o grande fluxo de atendimento, a UPA vem registrando desfalque na equipe médica, provocando longas horas para atendimento.
A prefeitura tem comunicado que outros cinco postos de saúde (Cachoeirinha, Seleta, Vila Vargas, Maracanã e Parque II) passaram a funcionar até às 22h para dar retaguarda aos atendimentos, no entanto, segundo Marçal Filho, a população tem reclamado que essas unidades têm atendido somente casos agendados com antecipação. “Isso não pode acontecer, pois a pessoa não sabe a hora que vai adoecer”, disse o deputado. “Não adianta ampliar o horário se o atendimento é restrito”, ressaltou.
O deputado citou um caso que chamou a atenção no final de semana, de uma mãe que levou ao Hospital da Vida o filho de 5 anos que sofreu acidente de bicicleta e fraturou o pé. O hospital negou receber o garoto e para conseguir atendimento, a mãe teve de acionar o Samu, que enviou ambulância e prestou os primeiros socorros do lado de fora, para somente depois conseguir dar entrada no setor de ortopedia do hospital.