‘Ele sempre foi eleito pela urna eletrônica’, diz Toffoli sobre críticas de Bolsonaro

‘Ele sempre foi eleito pela urna eletrônica’, diz Toffoli sobre críticas de Bolsonaro

17 de setembro de 2018 0 Por meums
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BRASÍLIA – O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, rebateu nesta segunda-feira às críticas feitas pelo líder nas pesquisas de intenção de voto para presidente, Jair Bolsonaro, às urnas eletrônicas. Questionado se é preocupante alguém que tem um quarto da preferência do eleitorado colocar em dúvida o sistema de votação, Toffoli, que também já foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi breve e respondeu:

ENTENDA:TSE faz defesa e explica sistema eleitoral eletrônico, questionado por Bolsonaro

– Ele sempre foi eleito pela urna eletrônica – disse Toffoli, em entrevistas a repórteres especializados na cobertura da Corte.

Em outro momento, o ministro defendeu a segurança das urnas. Destacou também que, este ano, a eleição terá observadores internacionais da Organização dos Estados Americanos (OEA) “para acabar com determinadas lendas”.

– As urnas são totalmente confiáveis. São auditáveis para os partidos, Ministério Público e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) – disse Toffoli.

Toffoli comparou quem acredita em fraudes nas urnas eletrônicas a quem crê num dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro:

– Tem gente que acredita em saci pererê.

O ministro lembrou ainda a auditoria pedida pelo PSDB depois da derrota de seu candidato a presidente em 2014, o senador mineiro Aécio Neves. Na ocasião, não foi observado nenhum problema.

Toffoli afirmou nesta segunda-feira que o Brasil vive uma epidemia de homicídios e criticou a impunidade nesse tipo de crime. Segundo ele, há vários culpados por essa “vergonha”, entre eles a polícia, o Ministério Público e o próprio Judiciário.

– É uma vergonha a impunidade. É uma falha que vem da prevenção, da investigação, da acusação no Ministério Público, e da burocratização quando chega ao Judiciário – disse Toffoli, defendendo a desburocratização do tribunal do júri.

O novo presidente do STF rechaçou ainda as críticas de que a Corte estaria atrapalhando as investigações da Operação Lava-Jato. Desde o ano passado são recorrentes as decisões da Segunda Turma do tribunal – da qual Toffoli fazia parte antes de assumir a presidência – dando fim a vários inquéritos e soltando investigados, alguns deles já condenados em segunda instância, caso do ex-ministro José Dirceu.

 


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