Exportações de carne de tilápia crescem 236% e MS assume liderança do comércio exterior do produto

Exportações de carne de tilápia crescem 236% e MS assume liderança do comércio exterior do produto

23 de fevereiro de 2019 0 Por meums
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As exportações de carne de tilápia produzida em Mato Grosso do Sul tiveram um crescimento de 236,27% entre os anos de 2016 e 2018, de acordo com as informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério de Economia. Esse desempenho fez com que, no ano passado, o Estado se tornasse o maior exportador brasileiro desse produto, representando 95,26% total dessas exportações do País.

Em 2018, o Brasil exportou 771,75 toneladas de carne de tilápia (fresca, refrigerada ou congelada), com receita de US$ 4,466 milhões. Mato Grosso do Sul representou 95,26% dessas vendas externas, com 685,80 toneladas e faturamento de US$ 4,254 milhões. Levantamento feito pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), aponta que nos últimos três anos, as exportações desse produto no Estado cresceram 236,27%, saindo de 204 toneladas no ano de 2016 e 626 toneladas em 2017 para 685,8 toneladas no ano passado.

Na avaliação do secretário da Semagro, Jaime Verruck, “a produção de peixe é um foco estratégico do Governo para fomentar a piscicultura como alternativa para o produtor e para a industrialização do Estado. Esse resultado das exportações é um indicador importante, mas ainda temos espaço para nos posicionarmos mais fortemente em função dos investimentos foram realizados de 2015 a 2018 e que ainda estão sendo realizados no setor”.

O titular da Semagro lembra que “a produção de tilápia em Mato Grosso do Sul já vem sendo incentivada há muitos anos, mas foi com a política de atração de investimentos implantada pelo governador Reinaldo Azambuja que conseguimos trazer a empresa Geneseas para o Estado, que já está em fase de ampliação. Atraímos também a Tilabras, que vai se instalar em Selvíria e já está produzindo Tilápia. Temos um frigorífico em Mundo Novo e estamos discutindo a instalação de mais um frigorífico no Estado”.

Em relação a países destino, os Estados Unidos foram o principal mercado consumidor externo, recebendo 673 toneladas em 2018 (97,7%), seguido do Canadá, com 8 toneladas (1,48%) e Equador, com 5 toneladas (0,75%). De 2017 a 2018 houve um crescimento de 9% no volume exportado, embora em termos de valores tenha havido queda de 6% no período.

Conjuntura do setor em MS e no Brasil

O balanço do setor em 2018 foi divulgado em fevereiro pela Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), no Anuário da Piscicultura. Segundo as informações do documento, o desempenho do Estado pode ser atribuído ao trabalho desenvolvido pelo cluster (termo em inglês que significa “aglomerar” ou “aglomeração”) da piscicultura que se instalou na região Leste sul-mato-grossense, com um diversas empresas voltadas para a produção e processamento da tilápia (com produção de alevinos, tanques-rede de cultivo nos reservatórios de hidrelétricas da região, fábrica de ração e frigorífico).

De acordo com o anuário da Peixe BR, a produção sul-mato-grossense de tilápia teve um crescimento de 14,84% no ano passado em relação ao período anterior, passando de 17,85 mil toneladas para 20,5 mil toneladas. Já a produção total da piscicultura em Mato Grosso do Sul em 2018 aumentou 1,4% frente a 2017. A quantidade passou de 25,5 mil toneladas para 25,85 mil toneladas.

Mato Grosso do Sul avançou uma posição no ranking nacional da atividade e passou a ocupar o décimo lugar, atrás do Paraná (129,9 mil toneladas), São Paulo (73,2 mil toneladas), Rondônia (72,8 mil toneladas), Mato Grosso (54,5 mil toneladas), Santa Catarina (45,7 mil toneladas), Maranhão (39 mil toneladas), Minas Gerais (33,15 mil toneladas), Goiás (30,6 mil toneladas) e Bahia (30,5 mil toneladas).

Em relação à tilápia, o Estado é o sétimo maior produtor do País, atrás do Paraná (123 mil toneladas), São Paulo (69,5 mil toneladas), Santa Catarina (33,8 mil toneladas), Minas Gerais (31,5 mil toneladas), Bahia (24,6 mil toneladas) e Pernambuco (23 mil toneladas).


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