Igreja evangélica cresce no Brasil nos últimos 30 anos
7 de fevereiro de 2020A religião tem crescido no mundo. De acordo com o The World Factbook, publicação anual elaborada pela Central Intelligence Agency (CIA), dos Estados Unidos, 88% da população mundial tem alguma crença religiosa. Desses, 28% são cristãos, 22% islâmicos, 15% hindus, 8,5% budistas e 14,5% têm outras religiões.
No Brasil, o quadro religioso não é muito distinto: em 2012, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 92% da população do país tinha uma religião. Desses, em 2010, 64,6% eram católicos, 22,2% evangélicos, 2% espíritas e 3,2% de outras crenças.
Nos últimos 30 anos, uma religião cresceu mais que as outras no Brasil e no mundo: a evangélica. ‘‘Cada uma das principais vertentes religiosas do mundo contribui com os valores éticos e morais para que as sociedades existam de forma plena. Quando se pensa no crescimento da igreja evangélica mundialmente, pensa-se em transformação social, igualdade e uma melhor implementação das políticas públicas’’, afirma o coordenador da área de Humanidades da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter, Cicero Manoel Bezerra.
As regiões com maior aglomeração de cristãos evangélicos são Norte, Centro-Oeste e Sudeste. Para o coordenador, a concentração se dá devido a alguns fatores. ‘‘As regiões do Brasil refletem suas características. Nas citadas, a proposta evangélica atende às necessidades das pessoas, apontando caminhos de esperança e a possibilidade de uma nova vida’’, declara.
Além dos espaços urbanos, a igreja evangélica ganhou mais destaque em outras áreas, além da fé. Nota-se a presença de líderes evangélicos na política, por exemplo, com várias cadeiras do Senado Federal e da Câmara dos Deputados ocupadas por pastores e fiéis. ‘‘Para ter oportunidade de demonstrar a sua voz, o povo precisa de alguém que fale em seu lugar. As necessidades precisam ser evidenciadas e não existe outro caminho a não ser por meio da representatividade política. A tendência é aumentar ainda mais o grupo político religioso nesses próximos anos’’, conclui Bezerra.
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