Maestro Adilvo Mazzini morre aos 76 anos; velório é no Complexo Pax Primavera
6 de dezembro de 2019O maestro Adilvo Mazzini, um dos principais professores de canto de Dourados, faleceu nesta quinta-feira (5), vítima de um AVC, aos 76 anos de idade.
A notícia foi comunicada no início da tarde e causou comoção na comunidade artística douradense, especialmente em ex-alunos que por muitos anos conviveram com ele, em suas aulas de canto nos diversos corais que regeu em Dourados e região.
Ele deixa a esposa Ilza Rocha Mazzini, os filhos Adilson Rocha Mazzini e Cristiane Rocha Mazzini e uma neta, Hanya Gomes de Souza Mazzini.
O velório está acontecendo no Complexo Pax Primavera, na rua Hilda Bergo Duarte nº 1135 – sala 2, Vila Planalto. O sepultamento será nesta sexta-feira, no cemitério Parque Primavera, em horário a definir.
VIDA DEDICADA À MÚSICA
Nascido na cidade de Rio do Sul, estado de Santa Catarina, em 28 de outubro de 1943, Mazzini mudou-se para o antigo Mato Grosso em janeiro de 1966, fixando residência na cidade de Rio Brilhante, onde atuou como professor de Língua Portuguesa, Educação Física, Latim e Francês.
Em 1970, transferiu-se para Dourados, onde cursou Letras na então Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A partir daí, sua história de vida misturou-se com a formação cultural da cidade, devido à sua dedicação.
No final de 1970, a equipe de liturgia da Catedral de Dourados resolveu formar um coral com músicas católicas e ele se tornou o regente.
No dia 2 de setembro de 1979, fundou o Coral Santa Cecília, também conhecido como Centro Cultural Guaraoby, que regeu durante 37 anos, participando de centenas de eventos em diversas regiões do país, até o seu fechamento no final de 2016.
Com o Coral Santa Cecília, gravou os álbuns “Natal Entre Os Povos”, “Memória Musical, 30 Anos” e CD com vários hinos.
Além do Magistério, desempenhou outras funções, principalmente na área cultural, tendo sido diretor de Cultura da Fundação Cultural e de Esportes de Dourados (Funced).
Fez parte da equipe que implantou o Encontro de Corais Dourados, realizados a cada ano, até meados da década de 2000. Foi ainda regente outros corais, como das cidades de Caarapó e Rio Brilhante.
Por longos anos, fez parte do grupo de Regentes Corais da Fundação Nacional de Artes (Funarte), tendo sido coordenador local nos projetos : Villa Lobos (canto coral), Rede Nacional de Música (música erudita), Pixinguinha (música popular).
Na área literária, lançou os livros “Retalhos de Mim” (2004, poesias); “Poetas Dourados” (2004, coletânea); “O Banco da Varanda” (2012) e “Voz da Montanha” (2017, memórias), dentre outros.
(Foto de entrada: Eduarda Rosa)