Mais de 112 mil imigrantes possuem trabalho formal no Brasil
17 de dezembro de 2017O mercado de trabalho formal registrou queda no número de imigrantes em 2016, primeira vez na década, informa o Ministério do Trabalho.
Segundo dados do Relatório Anual 2017 – A inserção dos imigrantes no mercado de trabalho brasileiro, elaborado pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), havia 112.681 trabalhadores formais estrangeiros no ano passado, contra 127.166 em 2015.
O documento, lançado na quarta-feira (13), traz dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
“O Ministério do Trabalho tem o papel de promover o trabalho decente e a igualdade para todos os trabalhadores, incluindo os imigrantes”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
“Apesar da diminuição em relação a 2015, o Brasil tem integrado esses trabalhadores ao longo dos anos. Em 2010, por exemplo, o número era de cerca de 55 mil”, explicou o secretário executivo do Ministério do Trabalho, Helton Yomura.
Os imigrantes com maiores taxas de emprego formal são os haitianos, com 25.782 trabalhadores, seguidos pelos portugueses (8.844) e paraguaios (7.737).
Os venezuelanos, ao contrário do índice geral, conseguiram mais trabalho em 2016: houve aumento de 32% em 2016, em comparação a 2015.
Como a migração venezuelana é recente, dados mais precisos serão apresentados no próximo ano, esclareceu Yomura.
“Estamos observando esse fenômeno de fluxo migratório. O governo brasileiro está de portas abertas”, disse. No primeiro semestre de 2017, já foi registrado saldo de 4.704 admissões.
O relatório indica que os homens predominam no mercado de trabalho composto por imigrantes, sendo 80 mil homens e 32 mil mulheres.
O setor que mais emprega essa parcela da população é o de Bens e Serviços; e em seguida, Serviço, Comércio em Lojas e Mercados e profissionais das Ciências e das Artes.
Mais de um terço (37%) dos trabalhadores estrangeiros estão em São Paulo, 41.826 pessoas, enquanto os três estados da região Sul concentram 34% deles.