No fim do prazo judicial, família de MS não tem resposta de plano de saúde sobre cirurgia de bebê

No fim do prazo judicial, família de MS não tem resposta de plano de saúde sobre cirurgia de bebê

7 de fevereiro de 2018 0 Por meums
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Juiz da 13ª Vara Cível de Campo Grande determinou multa diária de até R$ 100 mil em caso de descumprimento. Prazo termina nesta quarta-feira (7).

A família do pequeno Saulo Cintra Paiva, que completou 1 ano no dia 29 de janeiro, ainda espera uma resposta do plano de saúde sobre a liminar que conseguiu na Justiça para fazer a cirurgia no crânio do bebê que custa R$ 200 mil. Com a solidariedade de alguns desconhecidos, os pais do menino conseguiram arrecadar apenas parte do dinheiro.

O prazo da decisão judicial termina nesta quarta-feira (7) e o tempo dado pelos médicos para Saulo fazer o procedimento médico com maior chance de sucesso vai até o fim deste mês. O ideal era o bebe ter feito a cirurgia até completar 1 ano, mas ainda é possível.

A assessoria da Unimed Campo Grande informou ao G1 que ainda está dentro do prazo de resposta estipulado pela decisão judicial. O processo foi encaminhado para a análise do setor jurídico interno da Unimed Campo Grande.

“Tenho fé, esperança e amor no coração e enfrento essa situação com a dignidade que me é possível, mas confesso que é muito dolorosa a espera”, desabafou o pai Luiz Paiva Filho.

Na concessão de tutela provisória de urgência concedida pelo juiz Alessandro Carlo Meliso Rodrigues, da 13ª Vara Cível, foi autorizado o procedimento cirúrgico denominado Avanço Fronto-Orbitário com Remodelamento do Frontal pelo médico não credenciado de São Paulo em três hospitais na capital paulista.

O plano de saúde terá de pagar o médico, a equipe, além das despesas com internação, hospitalares da cirúrgica, inclusive pós-operatório em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, até final recuperação de Saulo.

A decisão do dia 1º de fevereiro determina o cumprimento da tutela provisória satisfatória incidental no prazo de cinco dias sob pena de multa diária por descumprimento de R$ 5 mil, limitando a quantia máxima de R$ 100 mil.

Complexidade

Saulo foi diagnosticado aos 2 meses de vida como cardiopata e sofreu uma cirurgia para correção da veia aorta e ainda deve passar por outro procedimento no fim deste ano para retirada da bandagem da artéria pulmonar.

Nesse período, os pais descobriram que o filho ainda é portador de trigonocefalia e hipotelorismo secundário, ou seja, uma má formação do crânio que impede o crescimento natural do cérebro.

Segundo o pai, o crescimento irregular do cérebro pode ocasionar em problemas neurológicos. Hoje, a criança está com desenvolvimento aparentemente normal.

“Considerando que o encaminhamento ao médico Hamilton Matushita adveio de médico credenciado da requerida, bem como a urgência do procedimento, que impede a realização de novos exames e diagnósticos noutros hospitais ou com outros profissionais, o pedido de tutela antecipada merece deferimento”, disse o juiz na decisão.

G1 MS


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