“O presidente, os ministros, não são responsáveis por morte nenhuma!” declarou Mauro Ribeiro Presidente do Conselho Federal de Medicina

“O presidente, os ministros, não são responsáveis por morte nenhuma!” declarou Mauro Ribeiro Presidente do Conselho Federal de Medicina

18 de junho de 2021 0 Por meums
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O presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro, foi entrevistado pelo programa “Os Pingos Nos Is”, da Jovem Pan, nesta terça-feira, 15, e falou sobre a situação atual da doença no Brasil e a forma como o CFM vê as medidas estudadas pelo governo e Estados para lidar com a pandemia, como o “passaporte sanitário” e a não obrigatoriedade do uso de máscaras.

“Para o Conselho, não é possível decretar o não uso de máscaras no Brasil, porque os nossos dados epidemiológicos não apontam nessa direção. O Conselho Federal de Medicina defende medidas já públicas, de longa data, como o distanciamento social, o uso de máscaras, a não-aglomeração, higienização das mãos, medidas restritivas.

O uso de máscaras está entre as medidas que defendemos”, afirmou, pontuando que, apesar de estudos indicando que as máscaras não são efetivas, há uma série de outras análises mostrando que elas funcionam. O médico lembrou, que apesar da retirada do uso obrigatório do item nos Estados Unidos, os dados epidemiológicos do país são diferentes do que nós vemos hoje no Brasil. Para ele, os países só poderiam ter medidas igualadas se os números nacionais diminuíssem.

“No momento, o CFM pensa que não há nem ambiente para isso”, disse.

Ribeiro lembrou que a Covid-19 tem pouco mais de um ano de vida e que ainda há muitas dúvidas envolvendo a doença, mas explicou que dados justificam a defesa das máscaras por parte do Conselho, já que vacinas não impedem que as pessoas sejam contaminadas. “No caso da maior parte das vacinas da Covid, elas não são vacinas esterilizantes, então as pessoas podem se contaminar e podem transmitir a doença, ao contrário de outras vacinas”, exemplificou. Apesar disso, em nome do órgão, ele defendeu que a escolha de tomar ou não o imunizante seja feita pelos próprios brasileiros. “Nossa posição é pública, nós defendemos a não obrigatoriedade da vacina.

As pessoas têm que ter liberdade de escolher aquilo que é mais apropriado, de acordo com aquilo que acreditam em relação à sua saúde”, opinou. O médico lembrou que a posição não muda diante da aprovação do passaporte sanitário e disse que, apesar de serem totalmente favoráveis à vacina, “no momento é a única medida de prevenção que existe contra a doença”. “Agora, a obrigatoriedade, direta ou indireta, não é bem vista pelo Conselho Federal de Medicina. Nós temos que convencer a população da necessidade de ser vacinada. A liberdade individual deve ser preservada”, afirmou.


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