Os 10 filmes que marcaram 2018, de romance na Ásia ao herói politizado de Wakanda
21 de dezembro de 2018O cinema em 2018 viu um herói se tornar símbolo político e uma comédia romântica ir contra todas as expectativas e despertar paixão nas bilheterias.
Nas salas, alguns pediram silêncio e outros cantaram baixinho. Mas todos (ou quase todos) derramaram pelo menos uma lágrima com os dramalhões deste ano.
Veja no VÍDEO acima os 10 filmes que marcaram 2018.
O G1 repassa o ano com vídeos que listam quem dominou 2018 no pop. Veja o calendário:
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- Os 10 filmes de 2018
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Ken Jeong, Constance Wu e Awkwafina em cena de ‘Podres de ricos’ — Foto: Divulgação
10. ‘Podres de ricos’
O 10º lugar é de uma das maiores surpresas deste ano. “Podres de ricos” colocou a representatividade asiática em pauta no cinema do ocidente. Mas fez muito mais que isso: ressuscitou nas bilheterias o gênero das comédias românticas, que andava meio carente.
A história é meio batida. Mas os clichês de amorzinho ganharam vida nova. E foram tão bem que já se fala até em uma sequência. Leia a crítica.
Rami Malek interpreta Freddie Mercury em ‘Bohemian Rhapsody’ — Foto: Divulgação
9. ‘Bohemian rhapsody’
Neste fim de ano, só deu Queen. “Bohemian rhapsody”, que conta a história da banda de Freddie Mercury, emocionou e rendeu, liderando bilheterias no mundo inteiro.
Pode usar o clichê e falar que cantou e encantou? Pode, até porque o próprio filme tem um quê de piegas e repete chavões de cinebiografias. Mas Rami Malek botou bigode, prótese dentária e brilhou.
O ator recria bem os trejeitos exagerados do Mercury sem, veja você, exagerar. E os momentos marcantes da história do Queen estão todos lá: o show no Live Aid de 1985, a apresentação do Rock in Rio. É pra cantar no cinema. E levar o lencinho. Leia a crítica.
Cena de ‘Um Lugar Silencioso’ — Foto: Reprodução
8. ‘Um lugar silencioso’
Tem gente que chama de pós-terror. Outros dizem que é só um terror que agradou a crítica. O fato é que “Um lugar silencioso” é um dos melhores representantes do bom momento desse gênero.
É uma história que vai além dos sustos, explora os sentidos do espectador pra falar de um lugar onde ninguém pode fazer barulho.
Fez toda diferença ver o filme no cinema. A tensão de todo mundo se contorcendo na cadeira a cada som era o ponto alto da experiência.
Filme ‘Benzinho’ encerra programação da Mostra Cinema e Reflexão — Foto: Reprodução/Trailer Oficial
7. ‘Benzinho’
O filme juntou o talento de Karine Teles com uma história sensível e apaixonante no melhor filme brasileiro desse ano. É quase impossível não se identificar com algum dos personagens.
Seja com a mãe que sofre por se afastar do filho; com o menino adolescente, que só quer ser independente; ou com o pai, que só quer resolver as coisas da melhor forma possível, mas às vezes dá uns vacilos.
Deu pra se identificar com todos também. O que não deu é pra terminar a história sem sentir um calorzinho no coração. Leia mais.
Héctor, personagem dublado por Gael García Bernal, e Miguel são amigos em ‘Viva – A vida é uma festa’ — Foto: Divulgação
6. ‘Viva – A vida é uma festa’
É praticamente impossível assistir e não chorar com essa animação, que é a mais emocionante da Pixar nos últimos anos.
Mas o que é que o “Viva” tem? Ele conta a história de Miguel, um menininho mexicano que vai parar no mundo dos mortos (é cultura mexicana na veia). É uma jornada de redescoberta para ele, sobretudo a respeito das relações familiares. Leia a crítica.
Armie Hammer e Timothée Chalamet em ‘Me chame pelo seu nome’ — Foto: Divulgação
5. ‘Me chame pelo seu nome’
Ganhador do Oscar de melhor roteiro adaptado, “Me chame pelo seu nome” retrata a descoberta homossexual de um jovem de um jeito tocante, mas sem melodrama. E também com muito desejo e afeto envolvido.
O protagonista é Elio, um jovem italiano dos anos 1980, que está em fase de descoberta sexual e sentimental. Ele se apaixona por um homem mais velho galã e intelectual, papel do bonitão Armie Hammer.
É a clássica trama do primeiro amor, agora com abordagem artística e em cenário paradisíaco. Dois destaques: a atuação de Timothée Chalamet e a cena do monólogo feito pelo ator Michael Stuhlbarg, que vive o pai do Elio. Leia a crítica.
Josh Brolin é o titã Thanos em ‘Vingadores: Guerra Infinita’ — Foto: Divulgação
4. ‘Vingadores: Guerra Infinita’
Lá por abril e maio, só se falava nisso. “Vingadores: Guerra infinita” conseguiu deixar todo mundo chocado, mesmo depois de anos e anos de lançamentos consecutivos da Marvel.
Com um montão de heróis e um vilão grandioso, fez uma revolução no universo da editora em uma conclusão, que não é bem uma conclusão. Afinal, Vingadores 4 já está pronto. Falamos dele, quem sabe, no ano que vem. Leia a crítica.
‘Roma’ — Foto: Divulgação
3. ‘Roma’
O diretor mexicano Alfonso Cuarón, que ganhou um Oscar com “Gravidade”, quis, com “Roma”, mostrar uma história pessoal e comovente. Nela, ele retrata a própria infância na Cidade do México.
A trama, contada estilosamente em preto e branco, se passa no México dos anos 1970. Roma é o nome de um bairro da capital do país. A protagonista é uma empregada doméstica. E Cuarón já falou que essa personagem é, na verdade, uma das pessoas que o criaram, a quem ele se refere como “uma das mulheres que mais amo”.
“Roma” ganhou o Festival de Veneza e, sim, tem forte cheirinho de Oscar. Leia a crítica.
Bradley Cooper e Lady Gaga em cena de ‘Nasce uma estrela’ — Foto: Divulgação
2. ‘Nasce uma estrela’
Uma coisa é certa: todo mundo correu para ouvir as músicas depois de assistir a “Nasce uma estrela”. Mas esse romance musical, nova versão de uma história clássica, não tem só uma trilha bonitinha e premiável.
Tem Bradley Cooper mostrando que sabe dirigir, Lady Gaga mostrando que sabe atuar e a gente lutando pra entender se ama ou odeia um certo personagem. Se não viu, ainda dá tempo até o fim do ano. Leia a crítica.
Chadwick Boseman e Michael B. Jordan em cena de ‘Pantera Negra’ — Foto: Divulgação
1. ‘Pantera Negra’
“Pantera Negra” é um dos grandes acontecimentos de 2018 não só no cinema, mas na cultura como um todo e na sociedade também.
O filme mostra que super-heróis têm algo relevante a dizer, além dos socos e explosões. Primeiro filme desta fase da Marvel estrelado por um personagem negro, ele aborda questões raciais que estão na ordem do dia.
E deu muito dinheiro: é a segunda maior bilheteria do ano no mundo inteiro. Arrecadou mais de US$ 1 bilhão, perdendo só para “Vingadores”. Leia a crítica.