Ovando lidera ranking de emendas pagas com R$ 36,5 mi e supera petistas; Camila fica em último

De acordo com informações do portal da Câmara dos Deputados, o alinhamento ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não necessariamente se reflete no pagamento das emendas parlamentares aprovadas ao orçamento da União. Um dos maiores críticos do governo petista, o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP) foi o parlamentar com maiores indicações pagas, enquanto Camila Jara (PT) foi a menos beneficiada.

Cada um dos oito deputados federais de Mato Grosso do Sul pode indicar R$ 37,871 milhões em repasses no orçamento de 2024. No entanto, o pagamento imediato não é garantido mesmo integrando a Lei Orçamentária Anual. Em alguns casos a verba até foi empenhada, como são classificados os recursos que foram reservados pelo governo federal, mas ainda não foram pagas.

Na página dos parlamentares no portal da Câmara dos Deputados, aparecem as indicações de cada representante do Estado. O recurso disponível pode ser dividido de diversas maneiras. Dagoberto Nogueira (PSDB) dividiu sua parte em seis indicações, enquanto o ex-coordenador da bancada federal, Vander Loubet (PP), em 22.

Apenas um dos 12 repasses indicados por Luiz Ovando (PP) não foi pago, o bolsonarista garantiu R$ 36,549 milhões aos municípios contemplados e ao Estado. O maior valor foi de R$ 8,8 milhões, para incremento temporário ao custeio dos serviços de atenção primária à saúde para cumprimento de metas em MS.

Em segundo aparece Geraldo Resende (PSDB), com R$ 34,714 milhões pagos, dos quais R$ 13,126 milhões foram em transferências especiais ao Estado. Na sequência vem o bolsonarista Marcos Pollon (PL), com R$ 28,222 milhões; a maior parte, R$ 8,6 milhões, também foi para incremento na atenção primária da saúde.

Em quarto lugar, aparece o primeiro petista, Vander Loubet que teve pagos R$ 27,661 de suas emendas indicadas, o maior valor, R$ 18,9 milhões, também foi para incremento na atenção primária da saúde. Dagoberto Nogueira (PSDB) vem logo atrás, com R$ 27,160 milhões pagos, dos quais R$ 12,455 milhões foram em transferências especiais ao Estado.

Os três últimos são Rodolfo Nogueira (PL), com R$ 25,934 milhões pagos; Beto Pereira (PSDB), com R$ 24,696 milhões; e Camila Jara (PT), com R$ 21,621 milhões. O maior valor destinado pelo bolsonarista foi R$ 10,5 milhões, em transferências especiais ao Estado, mesmo destino de R$ 10 milhões indicados pelo ex-candidato a prefeito de  Campo Grande. Já a maior fatia da petista foi de quase R$ 12,4 milhões para atenção primária da saúde.