Preço da cesta básica reduz 3,15% em Dourados e representa 35,32% do salário mínimo

Preço da cesta básica reduz 3,15% em Dourados e representa 35,32% do salário mínimo

10 de agosto de 2017 0 Por meums
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O valor da cesta básica de julho de 2017 comparado com o mês anterior apresentou uma queda de 3,15% em Dourados, constata a pesquisa realizada na última semana, pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (FACE) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), coordenada pelo professor Enrique Duarte Romero, que esteve esta manhã na redação do Jornal Douradosagora.

Os produtos que compõem a Cesta Básica conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de acordo com a Lei Nº 399 que estabelece o salário mínimo são açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão-francês e tomate. Os preços da cesta básica de junho/2017 com estes produtos ficaram em R$ 330,96 o que significa 35,32% do salário mínimo que foi de R$ 937,00. No mês de julho de 2017, o trabalhador douradense teve que destinar uma quantia menor a isso para a compra dos produtos componentes da cesta básica que foi de R$ 320,53, o que equivale a 34,21% do salário mínimo vigente.

Em Campo Grande, o preço da cesta no mês de julho foi de R$ 382,17; portanto, maior que a de Dourados. Desta vez, o preço da cesta básica douradense do mês de julho foi inferior aos preços praticados em todas as capitais estaduais do país, fato este constatado pela terceira vez desde que a pesquisa começou. Também apontamos que se compararmos com a capital do Estado de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, os preços da Cesta Básica douradense sempre foi inferior.

O maior preço da cesta nacional foi registrado em Porto Alegre (Rio Grande do Sul) a R$ 453,56; posição que esta capital ocupa há 10 meses; seguida por São Paulo com R$ 445,83 e a terceira capital com maior preço da cesta foi Florianópolis, com R$ 439,87.

Tanto as capitais São Paulo e Florianópolis já tinham ocupado estas mesmas posições no mês anterior. A cesta do mês de julho apresentou uma diminuição em 14 capitais estaduais do país, e aumentou nas outras 13 cidades que são capitais estaduais. As três cidades com os maiores preços da cesta básica do país no mês de junho também mantiveram seus lugares inalterados no mês de julho.

Os menores preços médios foram verificados em Natal (Rio Grande do Norte) com R$ 358,15; em Salvador (Bahia) R$ 357,28 e com o menor preço da cesta básica do país no mês de julho foi registrada na capital do Estado do Acre, Rio Branco, com R$ 332,06; fato que se repete pelo sétimo mês consecutivo. Os menores preços foram praticados nas capitais da Região Nordeste e Norte do país, fato este que se repete desde o início da pesquisa.

Salário X cesta básica

A partir da Constituição Federal de 1988 o trabalhador brasileiro deve trabalhar 220 horas mensais, com isso, no mês de junho, um trabalhador douradense para pagar a cesta básica tinha de trabalhar 77 horas e 43 minutos.

No mês seguinte, este mesmo trabalhador precisou de um tempo menor para comprar alimentosque foi de 75 horas e 16 minutos, isto representou umganhodo poder de compra do salário do trabalhador douradense comparado com o mês de Junho/2017. Esseganhoocorreu devido àdiminuição dos preços da Cesta Básica douradense no mês de julho.

Dos 13 produtos que compõem a cesta básica, em Dourados, 5 apresentaram uma elevação de preços no mês de Julho. O produto que teve a maior elevação do mês foi o tomate com 5,10% pelo segundo mês seguido. Deve-se levar em conta que este produto sofre na época do frio por causa das geadas, assim como outros produtos hortifrutigranjeiros. Os outros produtos que aumentaram de preços foram: abatata com 4,34%; margarina com 2,81%; banana 2,63% de aumento eo pão-francês com um aumento dos seus preços se compararmos com o mês anterior de 1,53%.

Os 8 produtos dos 13 que compõem a cesta básica diminuíram de preços no mês de julho, entre estes, o feijão com 17,12% de queda, assim como foi no mês passado. Os outros produtos que tiveram uma queda dos seus preços foram: açúcar com 15,54% pelo segundo mês seguido; farinha de trigo com 6,02% de queda. Leite com uma queda de 5,72%; carne com 4,47%; café com 2,63% menor; óleo de soja com 2,55% e com uma leve diminuição de preços oarroz com 1,04%.

Mesmo com a queda dos preços dos produtos da cesta básica em Dourados no mês de julho, a orientação é a de que vale a pena a pesquisa nos diversos supermercados da nossa cidade.

A pesquisa também apresentu a diferença de preços entre o supermercado que praticou o preço mais elevado – R$ 404,74 e o menor – 232,31 com os mesmos produtos; isto representa uma diferença de R$ 166,32; ou seja, 57,40% menor, um ganho que consideramos compensa o sacrifício de percorrer vários estabelecimentos.

A enquete também levou em conta os levantamentos realizados pelo Procon de Dourados, cujo método facilita ainda mais a comparação dos preços praticados por cada estabelecimento.

Conforme o Diees, levando em consideração a determinação da Constituição Nacional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, em junho de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.727,19, isso significa 3,98 vezes mais do que o mínimo vigente que é de R$ 937,00.

No mês de Julho o salário mínimo necessário era de 3.810,36 que representa 4,07 vezes do salário praticado nesse mês, isso significa que os trabalhadores brasileiros tiveram uma pequena perda salarial se comparados com o mês de junho/2017. Em Dourados, foi o contrário já que o trabalhador teve um ganho do poder de compra do seu salário.

Dourados Agora


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