Presidente da ALMS classifica como absurda taxação de Energia Solar
22 de outubro de 2019O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Paulo Corrêa, fez duras críticas à proposta da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) de alterar as regras e passar a cobrar pela energia solar que o consumidor gera, geralmente, por meio do uso de painéis solares. Para o parlamentar, a proposta é um absurdo. “O presidente Jair Bolsonaro não vai deixar uma barbaridade dessa. Isso é uma cortina de fumaça que inventaram para desviar o foco”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa.
Na opinião dele, a discussão sobre o texto, que trará medidas para reduzir incentivos à adesão a esse sistema, precisa ser debatida pelo setor empresarial e apoiada por políticos, pois irá impactar de maneira negativa a economia do país. “Já estou em contato com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e com o senador Nelsinho Trad para tratar desse assunto e, nesse sentido, puxar a discussão. O deputado federal Beto Pereira já me ligou. Todas as lideranças estão se mobilizando e iremos fazer a nossa parte para impedir que isso se concretize”, pontuou.
Setor industrial
A proposta da Aneel de alterar as regras e passar a cobrar pela energia solar que o consumidor gera também foi rechaçada pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, por entender que a medida é uma proibição para a produção de energia limpa no Brasil. “Nesse sentido, mandei uma mensagem ao diretor-geral da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, me posicionando contra essa ação. Entendo que nós brasileiros precisamos nos mobilizar contra esse tipo de iniciativa que traz insegurança e prejuízos diretos para quem já realizou os investimentos e proíbe os investimentos futuros nessa linha de geração de energia limpa”, declarou.
Para ele, a proposta da Aneel impacta toda a cadeia de produção, desde quem produz energia com os resíduos de suínos e frangos, algo comum no Paraná e Santa Catarina, passando pela eólica, muito utilizada nos Estados do Nordeste, até chegar à energia fotovoltaica, que abrange todos os Estados do Brasil. “No caso específico da energia solar, desde o ano passado, muitos empresários, pequenos, médios e grandes, fizeram investimentos pesados, buscando, inclusive, como forma de obter mais uma fonte de receita. Agora, com essa intenção da Aneel de alterar as regras de produção de energia limpa, passamos a enxergar os piores cenários possíveis, que é a possibilidade de cobrar impostos para tentar regular essa iniciativa, seria como taxar o Sol”, comparou.
- Por: Redação
- Fonte: Com informações da Assessoria