Sem transporte escolar, pais de alunos fecham rodovia em Dourados
19 de agosto de 2019Pelo menos 130 alunos de várias idades, moradores na sitioca Campina Verde, estão com dificuldade de ir para a escola e alguns até deixando de frequentar as unidades de ensino por falta de transporte. Os ônibus que transportavam esses estudantes estão há cerca de 20 dias parados e nesta segunda-feira (19) pais dos alunos se mobilizaram para exigir uma resposta do Poder Público.
Segundo o líder do movimento por moradia na região da Embrapa, Diego Alves da Silva, as crianças estão sendo limitadas de ter acesso à educação básica por conta das indisponibilidade do transporte.
“A distância e o fato dos pais muitas vezes não conseguirem conciliar o trabalho com a entradas dos alunos nas escola tem tirado muitas crianças aqui da sitioca da sala de aula. Infelizmente não temos mais condições de esperar, precisamos de uma resposta da Educação”, disse.
Segundo Diego, o secretário municipal Upiran Gonçalves havia garantido prazo de 30 dias para recolocar esses coletivos nas ruas novamente, no entanto o período não condiz com a necessidade emergencial da comunidade. “São dois ônibus de manhã e a tarde lotados. Como vamos esperar 30 dias? Não temos condição para isso”, afirmou Diego.
Com cartazes e palavras de ordem, pelo menos 25 manifestantes realizam um bloqueio na rotatória da Embrapa, na BR-163, para sensibilizar a classe política municipal ao problema crônico no transporte escolar douradense. Com a rodovia fechada, um congestionamento de veículos se formou no trecho para a saída de Dourados.
Conforme mostrou o Dourados News na sexta-feira (16), estudantes universitários da Reserva Indígena ameaçam bloquear a rodovia MS-156,? em manifestação diante da indisponibilização de ônibus para o transporte até as faculdades da cidade. São em torno de 130 acadêmicos com dificuldades de ir para a sala de aula devido à necessidade manutenção dos veículos coletivos.
OUTRO LADO
Em resposta ao Dourados News, Upiran afirmou que o serviço de transporte escolar fornecido pela Secretaria de Educação se destina aos alunos da área rural, que já estão defasados por conta do número de veículos em manutenção. Ele explica que até então se atendia os estudantes da Campina Verde, porém, com a inauguração do residencial Bonanza, ficou inviável manter o serviço.
“A Campina Verde deveria ser atendida é pela concessionária de transporte da cidade. A nossa licitação se destina à área rural, e a sitioca não se enquadra nesse parâmetro. No momento eu não tenho posicionamento nenhum, mas estou indo agora no CAM [Centro Administrativo Municipal] para ver com a prefeita Délia Razuk a melhor solução para isso”, afirmou à reportagem às 7h45 desta segunda-feira.