Vaporização vaginal: a terapia que promete diversos benefícios para a região íntima
31 de outubro de 2018Bastou Gwyneth Paltrow declarar ser adepta da vaporização vaginal que muitas mulheres ficaram curiosas para saber mais sobre o assunto. Outras, já familiarizadas com o método, confirmaram as vantagens. “Essa técnica de vapor com ervas medicinais é utilizada pelas mulheres desde a antiguidade para o tratamento de inflamações vaginais, eliminação de fungos, reequilíbrio hormonal, prevenção contra hemorroidas e outras condições”, explica a Dra. Caroline Alexandra Pereira, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana e endoscopia ginecológica. Embora seja muito bem vista – e indicada – pela ginecologia natural, o método ainda divide médicos e especialistas. Por isso, saiba mais sobre o assunto e faça a sua escolha.
Entenda a vaporização vaginal
É uma técnica que consiste em direcionar calor para a região genital, através do vapor da água, explicam as ginecologistas Dra. Larissa Flosi e Dra. Andrea Rebello. Muito abordada na ginecologia natural, a vaporização é “voltada para a purificação física e energética do corpo, limpando não só bactérias e fungos indesejados como também padrões emocionais adoecidos e memórias uterinas que já não nos servem mais”, conta Carolina Lana, idealizadora do Projeto Curandeiras de Si, Womb Keeper Registrada, formada em Ginecologia Natural, Homeopatia e Constelação Familiar.
Saiba como o procedimento é feito
A vaporização pode ser feita em casa, em um ambiente longe da corrente de ar. “É legal preparar um cantinho e um horário para fazer o ritual da limpeza com tranquilidade e sem ser incomodada”, conta Carolina Lana. Primeiro, deve-se ferver bastante água, coloca-la em um recipiente que retenha o calor e adicionar ervas com poderes curativos como alfazema, camomila, valeriana e alecrim, explica a Dra. Caroline Alexandra. Então, com uma saia ou vestido longos e sem calcinha, a mulher deve se acocorar em cima do preparado de ervas e deixar que o vapor suba pelo seu canal vaginal fazendo a purificação por completo, até esfriar, ensina Carolina Lana.
Invista em ervas poderosas
Tudo depende do propósito da vaporização. Aliás, você pode usar ingredientes secos ou frescos. As ginecologistas Dra. Larissa Flosi e Dra. Andrea Rebello indicam as seguintes ervas: Alecrim: aumenta a circulação dos órgãos reprodutivos além de ser anti-séptico e purificante. Manjericão: age como ótimo estimulante uterino. Lavanda: relaxante, a erva acalma a mente e o corpo além de servir como anti-séptico para os tecidos vaginais. É também um anti-espasmódico, auxiliando na função uterina saudável. Orégano: Aumenta o fluxo escasso da menstruação e, por conta de suas qualidades anti-sépticas, estimulantes e fortalecedoras a erva é ótima para ajudar na prevenção de infecções.Artemísia: usada para estimular a menstruação. Calêndula: auxilia na cicatrização dos tecidos dos lábios e do períneo quando submetidos a episiotomia – corte utilizado no parto para facilitar a saída do bebê.
Descubra os benefícios da terapia
O método é uma técnica capaz de proporcionar sensação de bem-estar, relaxamento e melhora do sono. Carolina Lana aponta ainda diversos outras vantagens que incluem: – Diminuição das cólicas menstruais e os incômodos da menstruação – a vaporização está liberada durante o período. – Aceleração do processo de recuperação e tonificação do sistema após o parto. – Auxilio no tratamento de doenças como endometriose, miomas, vaginismo entre outras. – Desintoxicação do útero. – Contribuição no equilíbrio e na harmonização da menopausa. – Relaxamento da musculatura pélvica. – Auxilio na recuperação física, mental e espiritual após um aborto. – Aceleração da cicatrização pós procedimentos como histerectomia (retirada do útero).
Para quem é indicado
O processo é indicado para todas as mulheres só não pode ser realizado em casos de gravidez ou suspeita de gravidez, sangramentos intensos, usuárias de DIU ou outros dispositivos de contracepção e se houver infecção vaginal ou uma ferida aberta, explica a Dra. Larissa Flosi e Dra. Andrea Rebello.
Acompanhe as controvérsias
Os benefícios são baseados nos relatos das pacientes que praticam a técnica. “Há evidências de que o aumento da temperatura genital causada pela vaporização pode levar a uma vasodilatação da região e melhorar a vascularização local”, relata as ginecologistas Dra. Larissa Flosi e Dra. Andrea Rebello. Porém, não há comprovação científica das vantagens. “A técnica está em alta por conta das famosas. O que é importante salientar é que a vagina tem uma série de bactérias do bem, que são naturais ao corpo e essenciais para o bom funcionamento do sistema genital feminino. O procedimento pode levar tudo embora”, ressalta a Dra. Caroline Alexandra. Outro ponto apontado por ela é em relação as melhorias ligadas aos hormônios: eles são substâncias produzidas por glândulas no cérebro e órgãos como o pâncreas e os ovários. Eles viajam pela corrente sanguínea e têm efeitos específicos nos órgãos para os quais são destinados. Há sim substâncias que afetam a sua produção, mas elas não podem ser absorvidas pelas paredes da vagina em contato com o vapor.