Vereador Sergio Nogueira defende a educação especial em Dourados
7 de março de 2018Focadas na implantação de políticas de atendimento educacional especializado em pessoas com deficiência intelectual associada ou não a outras deficiências ou síndromes e distúrbios neuro-motor, a Pestalozzi e a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Dourados enfrentam uma crise que afeta diretamente dezenas de famílias que contam com a prestação de serviços das instituições.
Segundo a diretora da Pestalozzi, Vera Lúcia Di Dio, a instituição que atua desde 1985 está fechada por falta de professores. Ela explica que a prefeitura de Dourados acatou a ordem judicial do juiz José Domingues Filho e convocou todos os profissionais que estavam fora de seus objetos de concurso, retornando aos seus cargos de origem, assim a Pestalozzi não tem um quadro efetivo para atender a demanda, uma vez que o convênio com administração foi suspenso. “Contávamos com professores tanto do Estado quanto do município e agora não temos condições de manter a instituição funcionando”, esclarece.
Mediante essa situação, o vereador Sergio Nogueira (PSDB), que sempre apoiou entidades que buscam a inclusão social de pessoas com deficiências, ressaltou, durante a sessão realizada na segunda-feira (06) na Câmara de Dourados, a importância de manter o atendimento desses alunos. “Haverá um grande prejuízo a essas crianças caso tenham que se matricular no ensino regular, uma vez que a assistência dada a elas é planejada de acordo com a necessidade de cada uma”, explica.
Após ouvir a representante da Comissão de Pais da Petalozzi, Ana Marly Suidedos Flores, que usou a tribuna livre para pedir apoio da Casa de Leis no sentido de buscar soluções que garantam o direto ao ensino das crianças, o vereador pediu agilidade para solucionar o impasse.
Durante a explanação, Ana Marly salientou as dificuldades enfrentadas pelas famílias que dependem desses atendimentos. “Diante do caos que se instalou na Educação de Dourados, sem o quantitativo de 16 professores, a direção se viu obrigada dispensar os alunos por tempo intermediando. Por conta disso, nossos filhos estão prejudicados. Eles precisam estar inseridos em uma escola autorizada a receber educação na modalidade especial para que evoluam não só como ser humano, mas como cidadão de bem que tem direito a escolha e um ensino de qualidade”, relatou.
Atento às reivindicações, o vereador Sergio afirmou que conhece bem a realidade das famílias, pois tem três filhos com necessidades especiais, que sempre foram assistidos pela APAE e Pestalozzi. “Tirar professores que estavam prestando serviços relevantes há mais de 15 anos, coloca em risco a aquisição de habilidades de muitas crianças que buscam melhor qualidade de vida e respeito”, pontua.
Sergio Nogueira enfatiza que as instituições são escolas reconhecidas por prestarem um excelente ensino que trabalham a inclusão social e que esse problema deve ser resolvido de forma definitiva. “Peço a Comissão de Educação da Câmara que se mobilize. Vamos realizar uma reunião com as autoridades competentes para chegarmos à suma solução definitiva para que isso não volte ocorrer a cada mudança de gestão. Educação Especial está prevista em lei. Então, vamos fazer com que seja cumprida,”, finaliza.