Vereadores acompanham crise na Saúde e intervém para impedir caos no Hospital da Vida
25 de julho de 2019A preocupante situação do Hospital da Vida, em função do anúncio de que grupo de médicos que atendiam na unidade decidiu abandonar as funções exercidas, mobilizou na tarde desta quarta-feira (24) a Câmara de Vereadores de Dourados. O presidente do Legislativo, Alan Guedes (DEM), liderou comissão de parlamentares do Município em visita ao hospital para acompanhar o caso de perto.
Além de Alan Guedes e do primeiro secretário da Mesa Diretora, Sergio Nogueira (PSDB), a comissão integrada pelos membros da comissão de Saúde e Higiene da Câmara -o presidente Elias Ishy (PT) e Daniela Hall (PSD)- e também as vereadoras Lia Nogueira (PR) e Marinisa Misoguchi (PSB) conversaram com alguns servidores e pacientes afim de obter mais informações sobre as demissões de profissionais da área e da real situação de funcionamento do local. Ele ainda tiveram encontro com o diretor clínico da unidade, Raul Espinosa e da Fundação de Saúde, Maria Izabel.
O diretor clínico convocou assembleia geral [marcada para esta quinta-feira, às 18h30, no salão da Igreja Presbiteriana] com a equipe médica para discutir as dificuldades e buscar soluções para que o Hospital da Vida mantenha o ritmo de atendimento aos pacientes de Dourados e da região. Os vereadores foram convidados para acompanhar a assembleia dos médicos.
Considerado ‘porta de entrada’ do SUS (Sistema Único de Saúde) e responsável pelo atendimento de pacientes de cerca de 33 cidades, e da região de fronteira, incluindo o Paraguai, o Hospital da Vida registrou o pedido de afastamento declarado de pelo menos oito profissionais e a Prefeitura confirmou, através da Secretaria Municipal de Saúde, redução no atendimento a partir de agosto, quando o hospital vai priorizar apenas casos de trauma e urgência.
Segundo o presidente da Câmara, os vereadores receberam várias denúncias, de servidores, inclusive, das deficiências do Hospital da Vida, e o médico Raul Espinosa admitiu a dificuldade, especialmente na questão do pronto-socorro, o principal gargalo em função da falta de médicos. “Vamos continuar acompanhando, muito de perto, os problemas apontados pelos servidores. Nossa Comissão de Saúde e a Mesa Diretora decidiram verificar in loco, ouvimos o diretor sobre problemas de ordem clínica, dificuldades de atendimento e esperamos chegar a uma solução dessa questão”, enfatizou Alan Guedes.