“Vivas e Livres!”; movimentos de mulheres se unem para pedir por políticas públicas

9 de março de 2023 0 Por meums
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Em alusão ao “Dia Internacional de Luta das Mulheres”, movimentos de Dourados se uniram na Praça Antônio João, na tarde desta quarta-feira (8), para a marcha “Vivas e Livres! todas em resistência por uma cidade para as mulheres”.

Em anos anteriores, normalmente o tema central do 8 de março envolvia pautas nacionais, porém, nos em encontros de preparação deste ano, foram feitas reflexões sobre a necessidade de se pautar a ausência do Poder Público Municipal.

Uma das organizadoras, Heblisa Mello cita a importância da junção de tantas mulheres, “primeiro de tudo é a gente se ver, a gente se olhar, a gente reconhecer quem são as mulheres que estão demandando das políticas públicas”, explica.

O movimento se organizou para que mulheres das aldeias e dos bairros periféricos também pudessem participar da marcha. “A gente precisa trazer essa visibilidade para as mulheres, para as diversidades das mulheres aqui de Dourados e não deixar o assunto morrer”, enfatizou.

Representante dos movimentos das mulheres da Reserva Indígena de Dourados, Cristiane Terena cita questões recorrentes que enfrentam nas aldeias, como falta de alimento, água e apoio na questão da violência, que tem ceifado tantas vidas, principalmente de mulheres.

“Essa situação nos deixa vulnerável para violência, para várias situações de abandono. É como se a gente não fosse munícipe, que não tivesse direito que nossas demandas sejam consideradas no orçamento do município” pontuou.

“Viemos aqui trazer a nossa voz para dizer que a gente também existe e que nós precisamos que o poder público olhe por nós e que pense em políticas públicas especificas para o nosso povo indígena na aldeia”, afirmou Cristiane.

O movimento ressalta a necessidade de projetos de educação e conscientização para a prevenção de ideais e valores como a misoginia e o machismo, além da necessidade de melhorar a execução e prestação dos serviços públicos de saúde e o combate à desigualdade social.

“Juntar todas as mulheres e vit para rua é dar um grito de basta”, afirmou Luhhara Arguelho, membro do Movimento Mulheres Negras de Mato Grosso do Sul. Ela ainda comenta sobre a desconstrução das políticas públicas, tanto na periferia, quando no movimento negro.

“A questão de vir tantas mulheres para as ruas, ver tantas diferenças de luta é para dizer que nós estamos cansadas de não sermos ouvidas. Nossas crianças estão morrendo, nossas mulheres estão sofrendo porque estão perdendo seus filhos e filhas todos os dias”, lamentou.


Março Feminista #8M 2023

*14/03 – Cinco anos do assassinato de Marielle Franco
– Ação simbólica na região central da cidade (manhã/tarde)

*18/03 – Programação

– Roda de Acolhimento (Praça do Cinquentenário – 14h)
– Oficina de Defesa Pessoal (Praça do Cinquentenário – 16h)

Leia o manifesto completo na íntegra

*Foto interna I: Representante dos movimentos das mulheres da Reserva Indígena de Dourados, Cristiane Terena.

* Foto interna II: Luhhara Arguelho, membro do Movimento Mulheres Negras de Mato Grosso do Sul.

*Foto galeria: Heblisa Mello, uma das organizadoras da marcha.

Fonte: Dourados News


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